segunda-feira, 29 de março de 2010

Devemos mudar o ideal ou cumprí-lo custe o que custar?

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    Em seu livro Ortodoxia, G.K.Chesterton um mestre do paradoxo disse: "Não estamos alterando o real para que se adapte o ideal. Estamos alterando o ideal: 'é mais fácil"¹. As palavras de Chesterton ecoam como uma profecia sem intenção para os nossos dias.
    Ao lermos a biblia vemos vários exemplos de pessoas que percorreram uma carreira para que um ideal fosse cumprido: Abraão, Neemias, João Batista, Jesus Cristo, são só alguns desses exemplos.
    Chesterton observou que um conjunto de pessoas que tinham um ideal a perseguir estavam mudando o ideal em detrimento do real (cotidiano, vida bios²) e esse ato como ele reparou feria o senso de destino do homem.
    Hoje vemos seres humanos e  nossos irmãos  vivendo uma vida sem qualquer tipo de ideal ou sem propósito algum, gente que vive só por viver, pessoas que até tinham um ideal e acabaram deixando de lado para viver o natural o biológico ao invés de transformar o natural em detrimento do ideal.
    Devemos buscar a compreenssão de qual é o ideal global de todos os que nascem de novo em Cristo, dentre esses ideais posso ressaltar por exemplo: o ide por todo mundo e pregai o evangelho a toda a criatura³, sermos luz do mundo e sal da terra4, sermos imitadores de Deus como filhos amados5, viver uma vida com o mesmo sentimento que hove em Cristo6, etc...
    Uma vez entendendo os ideais e chamados globais (a todo o crente), devemos entender que existem ideais pessoais, sonhos pessoais, talentos pessoais, dons espirituais, que estão em nós e que nos foram dados para um fim proveitoso ou para cumprirmos algum propósito ou ideal.
    Tudo isso nos remete a condição de viver a vida natural e espiritual sempre com ou por ideais e propósitos que nos levam a servir essa geração e glorificar a Deus de forma honrosa, vivida e prazeirosa (sendo interdependentes junto com os outros irmãos e outros ideais do corpo), e ainda nos proporciona capacidade de trabalharmos, estudarmos, constituírmos famílias, nos relacionarmos, por termos em nós esse senso de ideal e propósito.
    Para dar um exemplo usarei a minha vida e escreverei a respeito de um de meus ideais: creio ver uma geração de filhos maduros e legítimos do Pai, que entendam Sua paternidade e filiação, que imitem o Filho Amado (Huios Agapetos7) Jesus cristo, e sei que de alguma forma serei usado para participar desse processo de filiação legítima e maturidade dos filhos, quer ministrando, tomando um café, num pequeno grupo ou grande grupo, bem como suprindo para  a nação o máximo de informações sobre isso. Dessa forma entendo estar através do ideal marcando e servindo minha geração, e sei que durante a vida serei moldado pelo Pai (já que creio que veio Dele) a fim de cumprir minha parte dentro do corpo!!!!!
    Jesus Cristo em João 17, traz um entendimento de que Ele tinha um ideal e esse foi cumprido, e por suas palavras percebemos que Ele não alterou o Ideal, pelo contrário, alterou o real e nos resgatou e conectou de volta ao Pai, além claro de ter mudado a parte natural da vida das pessoas que se encontravam com Ele, fosse com curas, milagres, toda a sorte de sinais, libertações, ensinamentos, princípios, exortações, amor, etc...
    Jesus disse: "Eu te glotifiquei na terra, consumando a obra que me confiaste para fazer"8.
    Cristo em sua vida terrena jamais, jamais, jamais, se deviou do ideal que foi confiado a Ele, e nem o vendeu por coisa natural alguma antes foi fiel até o fim.
    A pergunta é: o quanto vale o ideal único que o Pai nos deu? O que faremos em vida com aquilo que recebemos do Pai? Será que como filhos legítimos temos glorificado o Pai na terra com nossos ideais como Jesus fez? Temos vendido o ideal que nos foi dado por fama, posição, dinheiro, relacionamentos, amizades, ou pela corrupção desse mundo e concupsciência da carne9?
    Uma coisa é fato, de uma forma ou de outra vamos terminar nossa carreira ou nossa vida, e na eternidade ou em seu final saberemos as conseqüências gerais de nossas escolhas, nossa vida é passageira e a eternidade é real e o escritor de Hebreus  adverte a nos desembaraçarmos de todo o peso e do pecado que fortemente (tenazmente) nos assedia, para podermos correr com perseverança a carreira que nos foi proposta, e nesse interim não devemos tirar os nossos olhos de Jesus10, pois se isso acontecer fatalmente corromperemos os nossos ideais, ainda que momentaneamente (e quando isso ocorre devemos voltar a olhar para Jesus e deixarmos Ele nos instigar a cumprirmos de novo o ideal global e pessoas que fomos chamados para realizar).
    Ainda que soframos pelo ideal, sofreremos com Cristo para que com Ele sejamos glorificados11, e em suas palavras: "e, agora, glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que Eu tivera junto de ti, antes que houvesse mundo"11.
    O final da carreira dos que cumprem seus ideais em Cristo será glorioso com o Pai assim como foi, está sendo e sempre será com Jesus Cristo.
    Perseguindo o ideal, o real e o cotidiano serão transformados, e nisso glorificamos o Pai, por isso não devemos nos vender pelo natural e nem devemos esquecer do ideal, antes que toda a nossa família de forma global e interdependente possam terminar a carreira consumando o Ideal.
    Que nós como irmãos possamos: "sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor o nosso trabalho não é vão"12.
    Nunca se esqueça que como G.K. Chesterton disse que mudar o ideal sempre será mais fácil que perseguí-lo até o fim, e devemos perseguí-lo mesmo que para isso tenhamos que carregar um fardo até a montanha da perdição, para destruírmos o anel do poder e cumprindo nosso ideal iremos derrotar o Sauron de nossas vidas13, tendo um final glorioso rumo a Nova Jerusalém.



Abração, seu irmão e próximo......
Ale



Referências:
¹ Ortodoxia de G.K.Chesterton, capítulo 7, página 175, segundo parágrafo;
² Vida biológica que se difere da vida Zoe (vida de Deus);
³ Marcos 16:15;
4 Mateus 5:13-16;
5 Efésios 5:1,2;
6 Filipenses 2:5-11;
7 Mateus 3:17, expressão Filhos amados no original grego é Huios agapetos; 
8 Joao 17:4; 
9 Efésios 2:1-10;
10 Hebreus 12: 1-3;
11 João 17:5;
12 1 Coríntios 15:58;
13 O Senhor do Anéis, O Retorno do Rei,  ano de 2003, Warner Bros. e New Line Home Enterteniment. Quando Frodo, o Bolseiro do Condado, acaba destruindo o Anel do poder na montanha da Perdição, concluindo o fardo da trilogia de J.R.R.Tolken, que só ele poderia cumprir!

terça-feira, 9 de março de 2010

Uma placa, a triste tendência

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    Se você não fosse cristão e estivesse passando por uma rua de carro ou ônibus, bicicleta ou até mesmo a pé, e num determinado momento você olhasse para cima ou para o lado e visse escrito em uma plaquinha "E Deus julgará a todos os homens", qual seria sua reação? Seria indiferente? Ficaria com medo? Acharia ele um babaca? Ficaria com peso na consciência?
    E se você estivesse com fome e quisesse encontrar o Pai ou Deus em algum lugar, ou estivesse procurando algo que desse sentido para a sua vida? Lendo isso o que você sentiria em relação a Deus e sua vida? Qual seria a aplicação daquela mensagem para a sua vida cotidiana e para a sua espiritualidade e eternidade?
    Bom passando de ônibus por uma rua com um brother que estou discipulando, o Luquinhas, nos deparamos com essa placa no muro de uma casa no caminho para o projeto social Rhema!
    Naquele momento me deparei com uma tendência de que alguns dilemas e expressões como essas podem gerar dentro de alguém que não conhece o Pai ou alguém que já se diz cristão, que totalmente fora do contexto aniquilam a consciência de um Pai de amor e das boas novas.
    Quem a não ser um 'cristão' colocaria uma mensagem daquelas em seu muro, com um livro, um capitulo e um versiculo do novo testamento encontrado na biblia?
    Tentei imaginar as razões pela qual aquela mensagem estava lá, será que era para evangelizar alguém? Ou para deixar algum possivel assaltante com medo da fuuuuuuuria de Deus (uhahauuha)? Mas o que me chamou mais atenção foi que isso poderia nada mais ser do que a visão que ela ou o sistema passaram de Deus ou de Jeová para ela (pessoa), nesse sentido aquela placa expressa a visão que ela tem de Deus, e o pior de tudo expressa uma tendência insensível a uma inclinação terrivel da suposta igreja ou noiva a olhar para Deus dessa forma e sair gritando a plenos pulmões uma visão tão errada de Deus ou do Pai, para esse  novo tempo inaugurado em Jesus a dois mil e poucos anos atrás!
    Fico imaginando o que leva uma pessoa a colocar palavras de juizo numa placa, ao invés de colocar algo sobre o amor de um Pai que amou o mundo e deu o seu próprio filho por pessoas que não poderiam retribuir a Ele nadaaaaaaa!!¹
    E quando imagino, só chego a uma conclusão, passar a nossa imagem de Deus talvez seja a melhor forma de confrontarmos as verdades naturais e caídas as quais os seres humanos tem se entregado; mas o perigo disso tudo é que se essa visão de Deus for deturpada e não revelar o real sentido daquela imagem, isso servirá como uma forma de a pessoa que se deparar com ela, se afaste ou se entregue a algo totalmente errado e deturpado.
    Quando pensamos em boas novas, em pregar o evangelho, devemos talvez primeiro entender o cerne da questão, ou do propósito, e cada dia que passa me convenço de que o evangelho pode ser definido como a reconciliação dos seres humanos a um Pai de amor através de Jesus Cristo o unigênito e mediador dessa nova aliança, que como consequência, nos faz filhos de um Pai de amor², e não de um Deus pronto para mandar fogo dos céus e nos queimar como se queima uma fogueira.
    Essa ótica de um Deus severo que deseja mandar homens para o inferno e condená-los a morte eterna é falsa e não é expressa no novo testamento, já que o "anseio furioso de Deus"³ é expresso por nos amar e não nos destruir.
    Essa placa me ensinou o quanto alguém pode estar errado a respeito do Paizinho que tanto tem nos amado, e me revelou uma tendência da igreja moderna, que é se apartar de valores e principios e verdades absolutas que emanam do verdadeiro Reino de Deus e do Filho do seu amor, e nos impulsionam para a falta absoluta de graça e misericórdia, do império das trevas, que quando as pessoas passarem pelas ruas, possam ler a respeito do amor de Deus e não de seu julgamento, que quando você gritar a plenos pulmões, grite a respeito do verdadeiro evangelho que através do perdão traz reconciliação  a humanidade religando ela a um Pai de amor, quando você for se expressar em algum meio de comunicação faça isso para aproximar as pessoas do Pai e de Jesus Cristo e não espantá-las por medo. Veja as noticias, as desigualdades, os pecados e transgreções, e se pergunte: será que vou seguir a tendência de placas que revelam juizo como uma bandeira  asteada em cima de um monte, ou vou combater tudo isso com a força contrária que as tem causado, através do amor, misericórdia, graça, compaixão e perdão?
    Eu já decidi que placa levantarei, e sei que quando alguém passar de ônibus, carro, bicicleta ou a pé, quando me perguntarem ou estiver em uma praça, shopping ou ainda dando aula de futebol e ministrando em algum prédio chamado de 'casa de Deus' levantarei uma placa de:  amor, misericórdia, graça, compaixão e perdão, a fim de que todos se sintam atraídos por esse Pai que furiosamente nos ama.
    E para encerrar acabo com as palavras de Paulo aos Romanos "Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem"4.

Referências:
¹ João 3:16;
² João 1:12;
³ "O anseio furioso de Deus", último livro do autor Brennan Manning;
4 Romanos 12:21.

terça-feira, 2 de março de 2010

Lago Seco: o início ou o fim?

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    Salve galera, antes do carnaval rolou uma situação num ensaio de teatro que gostaria de compartilhar ai com vocês, e foi dessa experiência que vem o tema do artigo.
    Em um sábado a noite estava preparando um cenário junto com uma irmã chamada Heloísa para um grupo de teatro se apresentar no domingo, antes de acabar o ensaio recebo uma ligação da mãe de uma das adolescentes que fazem parte desse grupo, ela pediu para eu dizer a ela que o pai dela estava indo pegá-la e que era para ela esperar fora do prédio que ele estava bravo. Ok, passei o recado como essa mãe havia me pedido e ela foi embora, e continuei agora dando uma analisada meio teológica (exegética) no conteúdo da peça.
    No dia seguinte, domingão antes de um culto formal onde aquele grupo se apresentaria, a mãe daquela adolescente veio falar comigo, me pediu desculpas pelo que tinha ocorrido no dia anterior, e eu disse que não tinha problema, e aí sim fomos surpreendidos novamente(Zagalo) ahuuha, ela não parou por ai, continuou falando e foi mais ou menos assim:
    "Sabe o que é Ale, meu marido é um inferno, onde já se viu fazer o que ele faz para mim e para a Amanda (nome fictício), ela é um amor, não da trabalho nenhum (ahammmmm), é um anjo de filha, ele não presta, mas pode deixar, estou esperando e orando para que Deus exerça justiça sobre ele, uma hora Deus vai secar o laguinho dele e dai eu quero ver ele se safar" P.S.: tentei ser o mais fiel possível com respeito as palavras dela. Bom, nem presciso falar que isso me chamou atenção.
    Quero deixar claro que reconheço ser difícil a situação conjulgal nesse estado, e não quero passar por cima da dor de ninguém, mas me proponho aqui a colocar como vejo essa situação e como ela me serviu de experiência.
    Agora não posso negar que esse fato mexeu comigo, pois quando leio o novo testamento me deparo com outro tipo de evangelho vivido, seja nos ensinamentos e na vida de Jesus Cristo, seja nos ensinamentos e na vida dos apóstolos pós-pentecostes. E com tudo o que ouvi quero expor o sistema evangélico em que 'vivemos' e temos 'comido', que tem mais formado homens cheios de justiça própria do que filhos que amam.
    Se o padrão ou sentimento do nosso amoroso Pai não mudou de 2000 e poucos anos para cá e continua tão forte como antes, então fomos nós (igreja) que mudamos e nos afastamos desse Amor, nesse sentido se queremos pregar e viver o evangelho puro e simples devemos voltar para o sentimento original e para a razão central do que se 'prega', ou ainda nos reformarmos ou restaurarmos para nos adequarmos a nova aliança, nesse sentido deixem-me apresentar meus argumentos:
    Há uma tendência que tem chamado minha atenção, que é se pregar a antiga aliança ou o velho testamento (pós-queda) sem que culmine em Jesus (o que não me faz sentido nenhum). Desse modo somos estimulados a encarar alguém que nos fere ou pisa no nosso calo, como talvez Josué encarasse os cananeus ou como Israel e Judá nos tempo dos reis quando encaravam os filisteus.    
    O que as pessoas que tem pregado dessa forma tem esquecido, é que vivemos em um tempo onde o que está vigorando é a nova aliança (ou novo testamento) e não a velha; nesse sentido isso nos remete a um padrão ou a uma essência nova se formos contrastar com a antiga vigência; dessa forma um ser humano nos tempos de hoje jamais será um filisteu ou cananeu, um babilônico ou um perça endemoniado, e sim alguém que carece da graça de Deus ou de um PAI de AMOR.
    Nesse caso (caso do evangelho) deveríamos não pedir juízo para Deus quando não concordamos com algo ou alguém (ainda que esse more na mesma casa), deveríamos orar por eles como quem ora por um inimigo talvez, e nesse sentido fazermos como Jesus nos ensinou, a orar por aqueles que nos perseguem (Mateus 5:43-48), e assim quebrar essa  mentira de ausência de amor, que nos possibilita a pedirmos amor e transformação, ao invés de morte e juízo.
    Outra coisa que me choca é o ódio nas palavras e nas reações que tenho observado por ai; sei que todos falham, mas para eu afirmar que uma pessoa não presta e que ela é um inferno, das duas uma, ou sou santo demais ou não entendi nada a respeito de ter como base da vida o evangelho, deixe-me explicar:
    Está mais que provado que quando tentamos combater o ódio com ódio, raiva com raiva, dor com dor, o resultado é catastrófico pois entramos no terreno da vingança; ao longo da história as mortes causadas em detrimento desse tipo de sentimento ou decisão chegam na casa das dezenas de milhões como está mais que provado, e em cima disso vai a minha pergunta para você que está lendo esse artigo agora, se cremos no evangelho, deveríamos crer no amor como vínculo para a paz, certo? Se cremos no amor, logo deveriamos também acreditar no perdão (e nesse sentido Jesus traz a matemática bíblica para o perdão encontrada em Mateus 18:21,22,23-35), e se cremos no perdão não deveríamos crer na misericórdia e graça exercida por Jesus proporcionando tão grande salvação e de graça ainda sem mesmo merecermos coisa alguma? (Efésios 2:8,9).
     Ora, se o diferencial do evangelho ou do novo testamento ou da nova aliança, é o amor, o perdão, a misericórdia, compaixão e graça, há algo de muito errado em nossas atitudes, pois não há uma força mais eficiente para quebrar a ausência de graça do que a graça, o ódio e a raiva com o amor e com o perdão, e não há maior força capaz de quebrar uma sentença merecida e adversa do que com a compaixão e a misericórdia. Nesse sentido o ódio e o juizo humano perdem o sentido para o evangelho do amor.
    E realmente nesse sentido a parte do lago seco me chamou muita atenção, e tentei imaginar a vida desse marido 'ímpio ou pecador' sem o Pai, e ainda mais com o seu laguinho seco; e descobri que nas palavras daquela esposa aquele laguinho seco não significava coisa boa. Vou além: se o lago seco significar o fundo do poço ou um tempo onde as águas secam para que haja um limpeza no local e nesse caso, o fim seria  o reconhecimento da necessidade de ajuda para a mudança de vida através de uma mudança de mentalidade(metanóia) logo isso seria uma boa coisa já que estaria intimamente ligada com o plano salvador do Pai, e do Filho,  mas o que me preocupa não é nesse caso, pois se ao contrário disso o lago seco, for a ira de Deus que leva a uma enfermidade terminal, que trará sofrimento e dor, e como conseqüência uma morte sem Deus, ou significar o juízo divino culminando numa morte sem Jesus Cristo como seu Salvador, logo o inferno será o próximo estágio desse marido, logo tudo não faz sentido nenhum, pois se a vida dessa pessoa (e pode ser qualquer outra) está sem o Pai ou sem Jesus ele não precisa de juízo divino ou uma enfermidade terminal, como ele está afastado de Deus, o resusltado final dele sem Jesus por enquanto ja é o inferno e dai não seria necessário potencializar nada, já que a 'condenação é certa'. E isso me leva a crer que essa pessoa (ou qualquer outra) precisa justamente do oposto para que se mude a sua eternidade, logo essas pessoas carecem do amor, de misericórdia e graça, além da compaixão e do perdão.
    Agora analisando a questão conjulgal num âmbito geral e não pessoal tenho biblicamente essa matemética apresentada por Paulo e por Pedro. Paulo disse em 1 Corintios "e a mulher que tem marido incrédulo, e este consente em viver com ela, esta não deixe o seu marido. Pois o marido incrédulo é santificado pela esposa, e a esposa incrédula é santificada no convívio do marido crente. Doutra sorte os filhos seriam impuro; porém agora são santos" 1 Corintios 7:13,14.
    Nas palavras de Pedro: "Mulheres, sede vós, igualmente, submissas aos vossos próprios maridos, para que, se algum deles não obedecem a palavra, sejam ganhos, sem palavra alguma, por meio do procedimento de suas esposas, ao observarem o vosso honesto comportamento cheio de temor; seja, porém, o homem interior do coração, unido ao incorruptível de um espírito manso e tranquilo, que é de grande valor diante de Deus" 1 Pedro 3:1-4.
   Ora, em ambos os casos o amor e o  bom procedimento tem se revelado como armas, que podem mudar as situações adversas vividas, e não o ódio e a raiva , ou o juízo divino, contra ao cônjuge ou contra qualquer pessoa.
    Mas se ainda sim depois de termos tentado o amor, a graça, a misericórdia, a compaixão, o perdão e nada tiver mudado (o que acho bem difícil, mas já vi acontecer) o próprio texto de 1 Corintios nos dá a solução nas palavras de Paulo: "mas se o descrente quiser apartar-se, que se aparte, em tais casos não fica sujeita a servidão nem o irmão e nem a irmã, Deus nos tem chamado a paz (e não ao juízo, ódio ou vingança) 1 Corintios 7:15. E ainda há um princípio em Amós que entendo expressar essa condição parafraseando 1 Corintios 7:15, "Andarão dois juntos, se não houver entre eles acordo?" Amós 3:3.
    Acabo de perceber como Deus prefere a paz do que a guerra e o inferno.
    Voltando-me para o sistema da igreja moderna e o lago, eu em outro prisma, creio que seria uma benção os lagos secarem, para podermos limpar toda a sujeira cancerigenada religião e de um sistema totalmente corrompido pela falta do sentimento original que de forma tão clara está revelada nas palavras e na vida de Jesus bem como dos apóstolos e da igreja primitiva.
    Temos vivido um tempo onde o amor no nosso meio não tem reinado, onde a graça e a misericórdia só é encontrada em um livro chamado biblia e não nos atos dos que professam seu credo, onde a compaixão e o perdão se perderam nas palavras de Jesus e não expressam a realidade dos supostos "filhos".
    Mas tenho um outra pergunta, os filhos verdadeiros não fazem somente aquilo que vir o pai fazer, segundo as palavras de Jesus?
    Se não fazemos aquilo que esta explicito nos evangelhos como o pai fez em enviar seu Filho Jesus por amor de nós (João 3:16), se não exercemos misericórdia e graça para com os nossos irmãos e próximos, se não exercemos compaixão e se não perdoamos como fomos perdoados, na verdade não o conhecemos e se não o conhecemos ou se não o temos conhecido, precisamos que nosso lago seque como o lago da pessoa da história e ai chegaremos e a igreja chegará no fundo do poço ou da seca, para podermos ser limpos de todo o mal e ai sim sermos inundados por essa água viva que gerará tranformação e mudança de mentalidade que se reflitirá em atitudes de acordo com o Espirito que dizemos que habita em nós, quando isso acontecer seremos realmente filhos transformados, legítimos e maduros, pois segundo minha análise estamos mais parecidos com o homem pecador da história que precisa de uma limpeza, do que para um primor de amor e santidade, precisamos como igreja no geral do Pai igualzinho o marido da história precisa.
    Que possamos acordar, despertar, mudarmos nossa mente, para amarmos, exercermos misericórdia e graça  e ainda sentirmos compaixão e perdoar, somos tão caidos que isso não está em nós e sim nele e a resposta foi dada a Nicodemos, um religioso da época de Jesus, é preciso nascer de novo (João 3:1-6)! Ou voltar para a essência ou secar o laguinho da igreja e do contexto moderno para que haja vida e filhos de verdade.

 No amor do Abba, seu irmão e próximo, Ale