sábado, 30 de outubro de 2010

A Espiritualidade nas pedras

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Este mês estive por uma semana em Santa Catarina.......e antes de ir, confesso que relutei um pouco por não saber se conseguiria produzir tudo o que gostaria na semana que ficaria ausente, talvez, mais por senso de controle das coisas do que para produzir propriamente dito.
Após meus tios me convidarem durante 3 longos anos decidi ir.

Nem preciso dizer que levei 2 bons livros para não ficar no ócio aqueles dias, caso os dias partissem para uma monotonia massante.
Logo no primeiro dia saí com meu primo para conversarmos e darmos um pouquinho de risada. Na praia onde ficamos haviam pedras que rodeavam a ponta da costa, naquele momento me pareceu chamativo dar uns saltos de uma pedra para outra até chegar a pedra da baleia, mas, como havia acabado de me livrar das muletas, só meu primo se arriscou a pular de uma predra para outra, meu tornozelo ainda estava doendo.
Enquanto meu primo pulava, reparei que havia uma senhora encostada em uma pedra conversando com duas adolescentes, de forma natural, acabei puxando assunto com elas, coisas do tipo: nome, idade, onde moravam e etc...No meio da conversa começamos a falar de assuntos diversos e descobri que de certa forma partilhavamos da mesma fé, ora, tudo poderia ter partido em uma direção oposta ao que chamaria de: compromisso de novo nascimento, vulgarmente conhecido como ações tendenciosas, mais não foi por esse lado.
Logo que meu primo chegou de sua expedição,hahua, conversamos mais um pouco e marcamos de nos encontrar de noite.
Vou encurtar um pouco os acontecimentos antes que passe os 3 próximos dias escrevendo, e vocês parem de ler aqui,rs.
Estivemos por três dias nos vendo diariamente, e durante esses dias pudemos conversar sobre coisas diversas: Deus, Seu Filho, religiosidade, amizade, estudos, espiritualidade, familia, sexualidade, falamos sobre a natureza e a criação, presenciamos um por-do-sol dos mais bonitos e transcendentes possíveis, saboreamos boas refeições e tivemos ações de graça por tudo, vimos bons filmes, tiramos boas sonecas e posso dizer que ganhei duas irmãs e amigas que até então não conhecia....
Me lembro como num passado não tão distante, como deixei de me relacionar muitas vezes e como muitas vezes deixei da viver a vida e me alegrar com o que chamam de cotidiano, pois a única coisa que importava era a 'espiritualidade' de cultos dentro das pirâmides eclesiásticas que ditavam a forma com que vivia a minha vida, (salvo que era meio 'rebelde' e não aceitava tudo,rs[tinha a minha pegada]).
Hoje entendo que minha vida, meu cotidiano, minhas experências, pessoas que conheço, lugares que vou, treinos que dou, encontros com amigos para um café ou para tomar açai, etc... acabam definindo meu culto, traduzindo; minha vida se reflete em um culto, não mais comum e tradicional, mas sim , um culto que chamo de espiritualidade, não tem hora para começar e nem para terminar, não há liturgia pré-concebida, que acontece quando acordo durante meu dia até eu ir dormir, que não para enquanto durmo, e que realmente pode-se dizer que é a vida vivida inspirada com a ótica da Vida.
Posso dizer que aqueles três dias mais pareceram (sem exagero) três anos ou três décadas, como todos os envolvidos puderam e podem confirmar.
Não me arrependo de ter aberto mão de microfones e palanques, de festas ocas e conferências que focam aquilo que o homem quer ouvir, tão pouco me arrependo de ter aberto mão de todo o investimento que intituições com essências corrompidas ou suspeitas fizeram em mim, prefiro ser o Ale, eu mesmo vivendo pela Vida e desfrutando da alegria de viver e me relacionar com meus irmãos e próximos, prefiro relacionar-me com o Pai ao invés de tentar chamar Sua atenção para meus pedidos egoistas quando me coloco de joelhos na 'casa de deus', prefiro jogar a real com Ele(já que nao há o que esconder) do que colocar uma máscara de crente ovelinha e me achar o esiritual da parada, quando na verdade sou carente como todos os homens.
Enfim, prefiro viver uma espiritualidade que se faz de encontros em pedras, verdadeiros dias memoráveis, do que encontros suerficiais que dão a PAZ DO SENHOR na entrada e na saída.
Estar com pessoas como a fer e a gabi, o gabri e o dazico, estar com o tropical ou o ronny, com o junior e a karina, e poder desfrutar da vida de forma simples e profunda a partir da ótica do reino, faz toda a diferença.
Que esses momentos que começam em pedras possam ser levados para sempre, sejam mais reais do que nunca, e que nesse caminhar com nossas experiências, possamos cada vez mais parecer com Ele, JESUS, mesmo que na maioria dos dias pareça distante de acontecer.

Um abraço...
Seu irmão e próximo
Ale

sexta-feira, 2 de julho de 2010

A vida é real, e a Vida também é.

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Hoje grande parte dos brasileiros presenciaram a derrota da seleção brasileira na copa da Africa do Sul para a Holanda de virada pelo placar de 2x1 a favor da laranja.
Como ex jogador, brasileiro e alguém que gosta de ver um bom futebol foi um banho de água fria, já que nesses momentos as emoções de milhões estão a flor da pele(não só de brasileiros claro), inclusive a minha; mas após essa nostalgia do hexa (que por parte da imprensa não estava tão grande), todos os que acreditavam no hexa terão que encarar como é normal, as circunstâncias da vida e tudo o que implica viver nessa terra.
Muito comum nessas horas é ouvirmos expressões do tipo: " é, de volta a vida real "; " isso é só um jogo, para que sofrer se eles estão ricos, afinal é só futebol "; " a mamata das dispenças dos trabalhos acabou agora é de segunda a segunda de novo ".
Quando escutamos expressões como essas muitas vezes concordamos em alto e bom tom e outros somente dizem sim fazendo um sinal com sua cabeça para cima e para baixo, mas para o meu entendimento ha algo de errado com esse tipo de expressão, pois ela sugere que antes da derrota vivíamos uma emoção ilusória, como se toda a nossa dinâmica de vida fizesse parte de um plano e a copa fosse parte de outro que quer o Brasil vencesse o não, em determinado momento teríamos que nos conformar com a vida real.
O fato é que a vida realmente é real, bem como torcer para a nossa seleção de futebol ou para outra preferência qualquer dentro do esporte, ser eliminado ou não, torcer ou não torcer, chorar ou não, se emocionar ou não estar nem ai, não vai nos colocar ou tirar da nossa vida real, já que ela é sempre real e acontece e não esta limitada ao esporte ou ao sofrimento e alegria que causam(pois apesar de tristes nós brasileiro os holandeses estão felizes).
A realidade é que tudo isso é realidade da vida comum do ser humano, nem o esporte por si só nos leva a encarar melhor a vida e nem pior, pelo menos não deveria ser assim, ele(esporte) como balança da nossa vida.
Temos o direito de chorar e o direito de não estar nem ai, mais realmente devemos continuar vivendo.
E aqui vai uma ressalva para aqueles 'supostos espirituais' que dizem orar para que o Brasil perca a copa do mundo, e que daqui a alguns dias vão estar reinvindicando a autoria dessa derrota brasileira através de suas orações e 'suposta proximidade' do Pai no ' suposto ' lugar secreto.
Ora é claro que não é idolatria torcer ou deixa de ser idolatria ser indiferente, é a vida, a alegria de uns é a tristeza de outros, faz parte. Não devemos esquecer que o apóstolo Paulo escrevendo aos corintos usou o esporte para exemplificar a nossa corrida espiritual 1 coríntios 9:23-25.
Ora essa vida (bios) é real, bem como uma outra Vida(zoe) que esta em nós e também é real.
E essa Vida sim nos move a transformar o caos em ordem, nos move a orarmos para que haja tranformação, nos impele a nos importarmos e desejarmos amar ao doador dessa Vida bem como a vida daqueles que podem assim como nós participarem da Vida, pois entendemos que a vida não acaba aqui, pois somos eternos, e sabemos que somos livres para torcer, e livres também éramos quando decidimos correr, isso mesmo, correr a carreira que nos foi proposta, para que a Vida que há em nós seja agente de melhora de pessoas e espaços.
Não devemos ser religiosos ou mesmo idólatras, vivemos aqui nesse mundo real com uma vida real e com uma outra Vida que também é real, viver a Vida zoe de Deus não quer dizer se abster dessa no sentido de não viver mais o que é comum a grande parte das pessoas, devemos sim nos abster da carnalidade e de tudo no mundo que fere a nossa profissão de fé, bem como tudo aquilo que nos afasta do Pai, podemos sim viver essa vida como se a tivéssemos perdido, mais isso esta mais ligado a morrer para si mesmo no carater, do que a se isolar, e torcer contra uma seleção ou outra.
Quero viver e Viver, e que minha vida e sua vida nessa terra possam refletir e emanar a Vida Dele por onde passarmos, pois somos peregrinos de outra terra mais vivendo nessa, por um curto período de tempo, talvéz, que realmente possamos assim como Jesus disse em João 17:15, sermos não tirados do mundo(pois temos que viver e enfrentar a vida) mais que possamos ser libertos de todo o mal(para vivermos cada vez mais intensamente a Vida de Deus em nós).
A vida é real(bios) e a Vida(zoe) também é, por isso sigamos para o alvo, vamos viver e Viver.

Um Abraço de seu irmão e próximo Ale.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Essa revolução é irreversivel

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Com esse artigo, quero encerrar uma etapa de três publicações que postei contra a instituição igreja moderna ou coisa como chamei nos outros 2 artigos, o primeiro de meu amigo Tropical e o segundo meu.
Como os dois primeiros foram ataques mórnos contra a o sistema opressivo vigente,esse outro mostrará um vislumbre de algo que tem acontecido nos Estados Unidos e em escala menor aqui e em outras partes do mundo!!!!
Esse artigo serve para evidenciar uma tendência irreversível de colapso da igreja moderna, e o surgimento de movimentos baseados em vidas que desejam uma intimidade e uma espiritualidade muito mais verdadeira do que a que se vê hoje!!!!
As partes do livro que colocarei fazem parte de uma proposta feita pelo autor de mostrar a tendência para os proximos anos!
Ele se chama George Barna e a mais de 2 decadas possui um centro de pesquisas empresariais e eclesiásticas, cujas projeções ultrapassam a casa dos 90% de acerto, e sua proposta a principio era trabalhar junto com a instituição para ajudar em seu crescimento, pois identificava os prós e contras dos métodos, estratégias, e desenvolvimentos de trabalhos, para que esses fosem eficiêntes no seu alcance do propósito das igrejas-institucionais para a implantação do reino.
E nesse interim descobriu uma nova realidade que mudará a igreja norte-americana, bem como trará impacto para a sociedade de modo geral!!!!!
As constatações são ja uma realidade e não um moverzinho passageiro, para desespero dos marajás gospel espalhados pelo mundo!!!!!
Não comentarei as partes do livro, darei as referências e fontes de como encontrar essa obra, que essa breve postagem te ajude a ter um vislumbre de algo real que esta transformando a realidade da igreja e jaja que vai transformar a sociedade norte-americana e assim possa te ajudar a entrar e fazer parte do que Barna chama de REVOLUÇÃO.


"Repito,um item do fenômeno do mini-movimento é o fato de milhares de pessoas que estão crescendo como cristãs e são dedicadas a sua fé passarem a reconhecer que a igreja local não é--e não precisa ser--o epicentro de sua aventura espiritual.Essa é uma descoberta espantosa para muitos, por contrariar o ensino que receberam algumas vezes desde a infância.
Grande número, informa, porém, que tem sido um conceito libertador.Este os capacitou a amadurecer de maneiras únicas que não teriam ocorrido se tivessem ignorado a possibilidade de Deus poder encontra-los em outros lugares e de outras maneiras. Não se engane, no entanto, a esse respeito: Deus continua ativo na vida dos que se dedicam inteiramente a Ele e o buscam--sem levar em conta a porta pela qual entram em sua jornada para assemelhar-se a Cristo (1).................. É praticamente impossível agora desenhar um padrão espiritual "típico", especialmente entre pessoas com menos de quarenta anos.
Um número crescente de jovens, adultos, adolescentes e até pré-adolescentes estão juntando elementos espirituais que julgam valiósos, construindo milhões de modelos de igrejas personalizados.A proliferação de novos elementos disponíveis através da internet, televisão, rádio, redes sociais diversas, cooperaticas comunitárias e ambientes artísticos, está assegurando que os futuros modelos de "igrejas"(com letra minúscula que significa instituição e se aparecer maiúscula refere-se a igreja corpo de Cristo)sejam quase impossíveis de categorizar ou comercializar(2)...................As igrejas existentes precisam tomar uma decisão histórica: ignorar a Revolução e continuar vivendo como de costume, investir energia na luta contra a revolução como um avanço não-bíblico, ou procurar meios de reter sua identidade enquanto colabora com a revolução como um símbolo de unidade e ministério genuínos.Minha pesquisa sugere que esta última abordagem será a menos comum.
Para aquelas congregações cujos líderes decidirem ignorar ou lutar contra a Revolução as consequências são previsíveis. Uma porcentagem deles será gravemente prejudicadas pelo êxodo de indivíduos---embora possam ser apenas algumas pessoas deixando uma já pequena congregação. Outras igrejas continuarão como se nada d enovo tivesse acontecendo no mundo da fé. Todavia, cada igreja, sem levar em conta sua resposta pública a Revolução, sentirá pressão interna e externa cada vez maior no sentido de encarar o ministério com mais seriedade e fixar-se na visão de Deus para a existência da congregação.
Haverá uma redução do numero de igrejas nos USA, como presentemente configuradas (isto é, ministérios formados para a congregação). A frequência aos serviços da Igreja diminuirá, a medida que os cristãos dedicarem seu tempo seu tempo a um leque maior de eventos espirituais. As doações para as igrejas serão reduzidas porque milhares de crentes investirão seu dinheiro em outros empreendimentos ministeriais. A influência política e cultural ja limitadas das igrejas irá diminuir ainda mias, ao mesmo tempo em que cristãos vão exercer maior influência mediante a mecanismos distintos. Um numero menos de programas da igreja será mantido em comparação com mais experiências comunais entre os cristãos.
Menos clérigos profissionais receberão de suas igrejas salário com o qual possam sustentar-se. Haverá cortes nas denominações e executivos serão liberados de seus deveres, a medida que sua diretorias tentam compreender e impedir a hemorragia.
Para alguns, isto parecerá a GRANDE QUEDA DE IGREJA.
Para os revolucionários, será o GRANDE DESPERTAMENTO DA IGREJA. Novos cenários não significam desordem e dissipação . Nesse cas,eles representam um novo dia em que a Igreja poderá ser realmente Igreja----diferente daquela que conhecemos hoje; porém, mais responsável e espelhando-se mais em Deus(3)......................................................................., note que Jesus e seus discípulos oferecem poucas normas e ordens relativas a tais reuniões. O mesmo Deus que é tão específico sobre as coisas que o interessam e que são importantes para nós proveu poucos detalhes sobre a logística das assembléias cristãs. Esse silêncio sugere que temos liberdade para desenvolver os meios pelos quais agimos como um corpo unido de discípulos, contanto que desempenhemos as funções dos escolhidos de Deus de maneira a obedecer as suas diretrizes gerais de comportamento, assim como com relação ao funcionamento do corpo de crentes(4)................................Todo revolucionário que entrevistei descreveu uma rede de cristãos com quem se relaciona regularmente e uma lista de atividades espirituais nas quais se acha envolvido em base regular.
Esse plano de relacionamentos e ministério é o equivalente revolucionário da vida tradicional de congregação----mais em um plano melhor. Esses crentes .......são exuberantes em sua vida e fé.Comparado com o cristão "médio" que encontro em nossas pesquisas nacionais, calculo que o revolucinário "médio" é substancialmente mais guiado pelo Espírito, enfocado na fé, biblicamente letrado, e biblicamente obediente, do que seus companheiros tradicionais que pertencem a uma congregação."(5) George Barna - Revolução.



Um abraço de seu amigo e próximo Ale

Referências:(1)livro revolução pg 70, (2) pg 74, (3) pg 117,118, (4) pg 125, (5) pg 126.

Livro Revolução,
Autor Geroge Barna
Editora Abba Press
www.abbapress.com.br

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Além de um saco, a coisa é extremamente injusta.

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Depois de um artigo curto e certeiro sobre a uma das bases da igreja institucional(ou a coisa) postado pelo tropical, me proponho a agregar com algumas experiências e pensamentos sobre o assunto!

De fato a "coisa" (instituição) fala e se move sozinha independente dos individuos, a verdade é que ela é tratada e defendida como se fosse a ekklesia viva que Jesus deixou, e seu estatudo é defendido como se fosse o evangelho do reino de Deus, e que na verdade não tem nada a ve, nada mesmo!
No meu caso quando uma 'autoridade' da coisa se dispos a me confrontar sobre meu posicionamento com respeito a temas considerados chaves para mim e no que me parece para a 'coisa'-x também, os questionamentos permeavam o estatudo e a profissão de fé da coisa, e uma das 6 perguntas foi justamente sobre o quanto estava envolvido com a visão da coisa-x, como se a coisa fosse uma pessoa e tivesse ela e por ela mesma definido a sua linha de pensamento ,credo,etc..
Claro que a principio fiquei chateado e não esperava aquele inquerito naquele momento, mais quando parei para pensar começei a dar risada, porque realmente foi o fim da picada, me colocaram numa situação de hérege e na verdade as evidências provaram ao contrário; só que havia mais um agravante, a mesma pessoa que me confrontou estava junto com o 'presidente' da coisa-x em processo de transição do nome da placa-x(coisa-x), logo o questinamento que recebi acerca do quanto estava envolvido com a coisa-x foi tirado de letra e a resposta foi: a mesma que vocês que vão mudar de placa,hauhuuha.
Um segundo caso diz respeito a um grupo de amigas, que frequentavam uma coisa-x e que atuavam atravéz da expressão artistica da dança para com seu talento tranformar a realidade de pessoas!
Como as conheço sei o quanto são comprometidas com Deus e seu reino, mais foram realmente deixadas de lado, em detrimento de uma lider que vamos dizer fazia parte da familha real dessa coisa-x, detalhe em nenhum momento a coisa-x se preocupou ou se mostrou interessada em saber oque seria melhor para o reino e que geraria um impacto maior na sociedade em termos gerais.
O ambiente familiar foi mantido como verdadeira oligarquia, e aquelas que tinham uma proposta e estavam, dispostas a pagarem o preço pelo reino foram simplesmente esquecidas e tantas vezes desistimuladas, a final oque vale mesmo nesse caso é a liderança egocêntrica doque corações dispostos!!!
Elas foram feridas pela coisa e hoje batalham para a realização de sua proposta fora das paredes da igreja-coisa levando atravéz da dança esperança aos que não tem.
E um último caso, foi de um amigo meu que também tinha uma proposta concreta de trabalho com os jovens e não recebeu respaudo da coisa-x para executa-lo preferindo o sistema focado nos cultos semanais para jovens.

Nesses casos e em outros tantos, de dor, feridas, falta de sabedoria, todas elas causadas pela coisa vemos alguns pontos comuns:
-Existem lideres absolutos, que mandam e desmandam( quando esses não estão parece que a coisa não flui, resultado de uma dependência de homens).
-Normalmente o estatuto da coisa-x é opressivo e se não cumprido ele ataca o individuo dizendo que ele é um hérege.
-A coisa bloqueia o funcionamento de cada membro com seu talento e vocação(basta ler o novo testamento e comparar com sua coisa local).
-Para a coisa e seus lideres os fins justificam os meios,desde que as metas financeiras e inflacionárias do espaço fisico do prédio sejam correspondidas,para eles tudo bem e etc...
Poderia sitar inumeros outros casos e falhas pelas quais passei e outros irmãos passaram também, mais prefiro dizer que nossso Pai continua inspirando e levando filhos a não se conformarem com essa situação, os resultados que tenho observado revelam um crescimento e maturidade espiritual muito mais latente e vivido por parte dos que tem optado por viver fora dos grandes muros eclesiásticos do que aqueles que estão dentro dele.
Além doque para fora dos muros encontramos o verdadeiro sentido da ekklesia, e nessa intenção como filhos, buscamos viver de acordo com as verdades e principios que nosso Senhor Jesus cristo nos deixou, sem deixarmos de dos reunir em assembléia e de nos edificarmos mutuamente!
Dentro da coisa conheci irmãos que são verdadeiras inspirações para mim, e um verdadeiro sentimento averso ao sistema eclesiastico vigente!
Com esse artigo meus irmãos gostaria que vocês refletissem sobre a posição que a coisa-x(seja la qual for o nome dela)ocupa em sua vida, e se esse padrão de coisa tem te dado os subsídios para o cumprimento de seu chamado e ativação de seus dons e talentos ou só tem te oprimido, ignorado, machucado e excluido.
Muitas vezes o importante não é a forma, desde que o sentimento por tras seja certo, mais chegamos onde chegamos, e essa forma de coisa-x(seja ela penteca, neo-pentecostal, tradicional, reformadas,etc...) mostrou-se ineficiente para os nossos dias e para corações que amam o Senhor e que desejam dedicar suas vidas a Ele de forma livre e não opressiva!!!
Viva ao Cabeça da verdadeira ekklesia, que nos desperta a uma posição como filhos em Seu reino!E a um reusltado de uma espiritualidade vibrante e uma fé ativa como nunca, que nos tira do lugar de tapas buraco institucional e nos coloca mediante aos dons,talentos e vocações no lugar certo, para melhor servi-Lo e para expressar a transformação verdadeira de umpovo que nasceu de novo!

Com Amor, seu irmão e próximo
Ale

segunda-feira, 31 de maio de 2010

'A coisa que pensa' por Tropical

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Fala ai galera,

Estou postando um artigo de um amigo meu - Tropical - depois irei desenvolver algo em cima da coisa, através de fatos, experiências pessoais e de outros irmãos!!!! Entre aspas, está na integra o artigo!!!!

Abração, Alê

"A Coisa que pensa

Interessante a resposta de algumas pessoas, que questionadas a respeito de uma idéia, opinião ou pensamento, quando estão debaixo de uma instituição X. Para facilitar, daqui pra frente chamarei a instituição X de "Coisa".

Alguns defenderiam a idéia de que à partir do momento em que alguém está dentro de alguma Coisa, seria natural que as idéias pessoais e particulares sejam as mesmas do estatuto/doutrina da Coisa. Logo se questionados poderiam responder: "A Coisa pensa assim."

Duvido que alguém, depois de conhecer todos os pontos de doutrina ou do estatuto de uma Coisa qualquer, concordará com 100% das regras. Outra coisa é que se a Coisa toma o lugar do homem - no que diz respeito a opiniões, ao ponto de restringir pensamentos e idéias - essa coisa passa também a ser mais importante que o próprio homem. A Coisa ganha força e o homem se torna seu prisioneiro.

O homem que é um ser pensador e a Coisa não deve pensar, pois não tem cérebro nem vida. Mas neste mundo moderno aconteceu uma grotesca deformidade: a Coisa voltou a pensar por que o homem perdeu a cabeça. Então o pensativo se tornou em coisa, mas a Coisa que era apenas uma estrutura virou pensadora. Ela tomou o lugar do pensador para anular a razão e proibir o pensamento. Hoje ela grita: "Morte ao pensador/homem!"

Digo, morram as Coisas e vivam os homens. Votem os pensadores para usar estruturas para que pessoas sejam valorizadas.

Boas ondas.

Tropical"

quinta-feira, 6 de maio de 2010

O engano ocidental - Parte 1

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Esse artigo será feito em 2 partes, a primeira por mim e a segunda pela nossa irmã Eliane Alves (Lica) no blog dela, www.blogdalicca.blogspot.com, a segunda parte poderá ter outro nome mas dirá a respeito do mesmo assunto, será desenvolvido em cima da idéia de largar tudo.

Pensei em traçar como pano de fundo alguns homens e mulheres do Antigo Testamento, mas prefiro ir além no tema largar tudo e após isso terminar com Jesus.

Durante esses anos de evangelho do reino, tenho ouvido muito sobre abrir mão de tudo em função de Cristo, mas analisando bem essa expressão para o contexto ocidental vejo algumas discrepâncias que levam a uma reflexão sobre algumas perguntas como por exemplo: será que o nosso largar tudo tem sido o mesmo que o largar tudo dos apostólos? Será que a nossa cultura ocidental nos permite ter um prisma correto sobre largar tudo? E talvez a pior pergunta é se aqueles que nos ensinam e passam um padrão de vida junto com essa retórica realmente abriram mão de tudo ou só são um arquétipo furado de 'líderes' que usam essa expressão para chegarem a um fim pessoal e financeiro?
Talvez a resposta dessa pergunta revele com qual intensidade e verdade a igreja moderna ocidental tem 'largado tudo'. (Já que são influenciadas pelos mesmos).
Se você se sentir desafiado, pare um pouco de ler esse artigo e deixe claro para você em sua mente e coração o que é na sua ótica largar tudo.
Há mais ou menos um ano atrás li uma revista que comemorava os 50 anos da Missão Portas Abertas (Open Doors International).
Logo na apresentação da revista li algo que me chamou muita atenção, tratava-se de uma reportagem a respeito do irmão André, fundador dessa missão. Esse artigo discorria a respeito de uma experiência que o irmão André teve em uma universidade da Al Qaeda.
Quando o convidaram para falar àqueles muçulmanos ele pensou no que dizer e decidiu falar sobre a mensagem da cruz.
A máxima desse artigo dizia: "vocês só irão entender o peso e a dimensão do sacrifício de Jesus e da cruz quando os cristãos decidirem negar-se a si mesmos e tomarem a sua cruz" fazendo uma alusão as palavras de Jesus(1).
O fato é que se analisarmos o que representava para Jesus e os apostólos largarem tudo, seremos confrontados de forma poderosa com o que chamamos de largar tudo, onde para termos honra e sermos de Deus devemos ter um título e estar 'ministrando' no púlpito, precisamos trocar de carro todos os anos e adquirirmos bens sem fim, precisamos colocar a nossa roupa de crente e a máscara também para comparecer aos cultos dominicais matinais e noturnos, precisamos ter uma posição social boa e uma formação acadêmica irrefutável, o que me leva a pensar que Jesus e os apostólos eram um bando de desgraçados, endemoniados, e sem honra, já que um apesar de ser dono e rei de tudo não tinha onde recostar a cabeça, outro era chicoteado e maltratado e quando não queria ser peso para os irmãos tornava-se um mero fabricante de tendas, outro foi crucificado de cabeça para baixo, outro ainda morreu preso em uma ilha (que vergonha).
Hoje a igreja moderna ocidental tem 'sabido' o que significam as palavras prosperidade, dupla honra, vida financeira, o melhor dessa terra. E o pior, não pensam nisso tudo para distribuir e fazer a mordomia entre seus irmãos de fé e entre os aflitos desse mundo, pensam só em si e em sua dupla honra, em seus celeiros abastados e no transbordar de vinho dos seus lagares, e eu afirmo que isso é um belo padrão a não ser seguido, uma falácia, um conto da caroxinha que não revela o abrir mão de tudo!!!
Não quero fazer apologia ao fatalismo, mas desejo confrontar essa geração em suas práticas, para que a essência volte e a partir daí possamos expandir o reino como filhos verdadeiros que entendem o que significa abrir mão de tudo!!!
Talvez se entendermos as palavras de C.S. Lewis poderíamos entender a atitude de Cristo, e assim seguir o exemplo do próprio Cristo, bem como o dos apostólos, a abrirmos mão de tudo:
"E tudo se tornará ainda mais claro se pensarmos em como Nosso Senhor(Jesus Cristo) considera Sua condição de Filho, submetendo Sua vontade inteiramente à vontade paterna, nem mesmo se permitindo chamar de "bom" --porque bom é a designação (somente) do Pai -- "..........."..., todo o Seu amor é, por assim dizer, infinitamente abnegado, pela própria definição. Esse amor tudo tem para dar e nada para receber"(2).
A verdade é que o ocidente está longe da verdade de largar tudo, largar tudo significa abrir mão, deixar mesquinharias e vaidades, largar tudo nos impulsiona a não olhar somente para o nosso eu existencial e nos faz olhar para o Pai, e olhando para o Pai entenderemos o que é olhar e se importar com o próximo. Em suma, estamos longe e devemos voltar, se é que algum dia a maioria esteve perto, a 'igreja moderna' precisa nascer da água e do Espiríto(3), para entender e vivenciar de verdade o evangelho do reino de Deus. E nessa fé quero mais Dele e menos de mim, para que o viver seja Cristo e o morrer lucro.
Termino com as palavras de meu Irmão, Senhor e Salvador Jesus Cristo: "Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois Ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação ser igual a Deus; antes a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte, e morte de Cruz. Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai"(4).

Abração de seu irmão e próximo,
Ale

Referências:
(1)Marcos 8:34-38; Mateus 10:38,39; Lucas 9:23-26,
(2)O problema do sofrimento de C.S.Lewis, capítulo três, páginas 54, parágrafo 1 e 60, parágrafo 1 respectivamente,
(3)João 3:1-10,
(4)Filipenses 2:3-11

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Filhos ordeiros (que colocam ordem)

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Você já pensou em que se resume sua vida aqui?

Você conseguiria dizer independentemente da ocupação, trabalho, carreira ou vocação, para o que todos nós fomos chamados?

O que devemos fazer até completar nossos dias?

Aquilo que sempre me chamou a atenção quando decidi mudar de vida foi que com a sua obra redentora Jesus Cristo reestabeleceu a comunhão de todos aqueles que crêem, a saber a com o Pai, e dessa forma Jesus Cristo nos proporcionou livre acesso para a intimidade com o Pai, aquilo que tinha sido perdido com a queda.
Durante alguns anos entendi que esse era o foco maior, final e logo, único de toda a redenção; mas provei que estava redondamente errado. Evidente que quando houve a separação entre Deus e o homem, a intimidade direta foi interrompida(1), mas não foi só isso, para resumir, junto com a separação o caos se instaurou no mundo, o domínio passou a ser de satanás, nessesitando assim de um mediador que redimisse a humanidade. Quando Jesus Cristo inaugura a nova aliança ele concede aos filhos que agora o receberam a oportunidade de se relacionar de novo com o Pai, e ainda deixa a sua representante nesse mundo para continuar a obra que Cristo veio estabelecer, a saber a noiva, a igreja (quando se reúnem) e(ou) os filhos.
Quando Jesus veio ele começou a colocar ordem ao caos que se encontrava desde a queda, e quando ele constitue aqueles que crêem como filhos é como se ele estivesse delegando a autoridade para que esses filhos continuassem a colocar ordem no caos!
Dessa forma o plano de Deus vai além da intimidade em si (creio que a intimidade é primordial, essensial e talvez a parte mais importante), ela não é o fim em si mesma, mas a história do plano do Pai continua em seu desejo de colocar ordem em tudo o que esta desarrumado!
Muitos quando lêem que: "A ardente expectativa da criação aguarda a revelacão dos filhos de Deus"(2), acham que isso só se resume a parte humana perdida que precisa ser restaurada, e de fato precisa, mas será que é só isso? O caos está somente na questão da separação da coroa da criação e seu Criador?
A resposta está clara nos fatos visíveis e históricos que temos estudado e presenciado através dos tempos. É fato que o homem precisa e necessita colocar fim ao caos existencial que define sua eternidade, mas está claro que não é só isso.
Junto com o caos da separação também se instaurou o caos interior humano que Paulo se referia(3), aquela lei dos membros que lutava contra a vontade de fazer o que ele sabia e queria praticar por entender que eram as atitudes certas, dessa forma, quando cremos em Cristo e decidimos mudar de vida começa um processo de limpeza e ordem nesse caos interior que somente a salvação não resolve, tendo então que constantemente mudarmos a nossa forma de pensar para que ai sim, possamos entender, viver e receber do Pai tudo aquilo que Ele planejou para nós(4), e claro que isso não está em cinergia com uma teologia falsa da prosperidade (dinheiro, fama, vaidades a todo custo) que os Estados Unidos tem importado para as nações e que aqui no Brasil tomou uma proporção gigantesca.
Quando Paulo diz a respeito da perfeita varonilidade, a estatura da plenitude de Cristo(5) como um fim após uma vida com o Pai, é claro que isso não se evidencia como um passe de mágicas, logo somos forjados pelo Pai para que sejamos filhos que alcancem essa estatura, e na maioria das vezes não é fácil. E enquanto para o homem, para a igreja moderna e para a visão ocidental de honra que diz que para você ser abençoado tem que ter posses, riquezas a dar e vender, e ainda andar de Ferrari e iates para evidenciar a "honra de Deus", o Pai se interessa pelo aperfeiçoamento do seu caráter e a ordem que será forjada em você, em meio ao seu caos interior.
Mas também a obra não pára por aí, quando lemos sobre a criação que aguarda a revelação dos filhos, percebemos uma visão que abrange muito mais que o ser humano propriamente dito como o fim de sua obra, mas que se estende ao cosmos.
Quando passamos a ter uma visão global da Bíblia percebemos que com a queda todo o cosmos foi afetado, necessitando assim de ordem em todas as áreas como por exemplo: o universo, a fauna, a flora, os sistemas de governo vigentes, etc.
Quando entendemos que somos filhos deveríamos entender que o caos que necessita ser estirpado está em uma visão global e não centralizada no homem em si.
Lembrando sempre que junto com a filiação vem a outorgação para implantarmos o reino de Deus nesse mundo tenebroso, e esse reino tem suas próprias regras e formas de ordem, que quando são manifestas colocam em ordem o caos existente no cosmos, e dessa forma faz com que os filhos sejam os portadores e os agentes transformadores desse reino.
Um último adendo, muitos pensam que os filhos e a igreja tem o reino, mas na verdade o reino tem os filhos e a igreja, e nós somos os representantes dele nesse mundo.
Que possamos entender que nossa missão vai além de um trabalho em alguma igreja local, ou o trabalho de "salvação" dos perdidos, o nosso entendimento deve ser de ordem cósmica e não egoísta, e nesse entendimento partimos para as ocupações, trabalhos, carreiras e vocações não mais tendo como fim o reino, mas ao contrario, partindo da perspectiva do reino para dar fim a todo o caos existente, e dessa forma sermos usados com cada dom, talento, experiência, como filhos maduros e ordeiros que colocam ordem na bagunça que vemos!*
A ordem começou de forma ampla em minha vida, e na sua? O caos interior tem te prendido? O caos institucional tem limitato o cumprimento de sua vocação? O caos dos governos desse mundo tem prejudicado a nossa irmandade pelo mundo? Em fim seja um filho ordeiro, coloque ordem, com sabedoria e discernimento implante o reino e viva uma vida plena com uma intimidade radical com o Pai.

Um grande abraço seu irmão e próximo,
Ale

*E isso se estende para o caos institucional da igreja, que muitos tem feito vista grossa, pois abusam das pessoas (que se deixam ser abusadas), com o fim de constituírem verdadeiros impérios terrenos!

Referências:
(1)Gênesis 3:8-24,
(2)Romanos 8:19,
(3)Romanos 7:15-25,
(4)Romanos 12:2,
(5)Efésios 4:11-16,
( )Algumas linhas tirei do livro Vivendo com Propósitos de Ed René Kvitz, Mundo Cristão, e também de meu amigo Tropical e Guillermo Lossio.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Matemática da intimidade: 1 + 1 = ao máximo possivel

4
Há algum tempo entendi que a vida com Deus envolve muito mais do que momentos isolados e separados para orarmos, cultuarmos, lermos a bíblia e tudo mais que sempre ouvimos que devemos fazer para ter uma vida sadia em Deus.
Só que comigo desde a minha conversão algo me soava distorcido nessa matemática em buscá-lo e criar uma dinâmica de intimidade com Ele por um simples motivo, tudo aquilo me soava e me soa até hoje como só uma fração ou ainda como uma parte da comunhão com Deus que prefiro chamar de Pai. Para mim a matemática da comunhão com Deus sempre foi 2+2= ao máximo possível.
Dentro desses anos após meu primeiro encontro com meu Irmão Jesus entendi que minha intimidade com Ele podia e deveria ir além dos momentos de cultos formais em instituições chamadas igrejas, e em momentos de portas fechadas em meu quarto, cria em algo muito mais cotidiano e ativo do que mecânico, pré estabelecido por mim.
Depois que entendi isso, comecei a me ver achado Nele em momentos, lugares e de formas ‘inusitadas’(quero deixar claro que todo o mérito é todo Dele), uma das formas que frequentemente me vejo imerso no Pai é através de filmes e nessa dinâmica graciosa do Pai pude me ver impregnado de princípios e valores quando fui assistir O Livro de Eli por duas vezes esse mês no cinema, estrelado pelos atores Denzel Washington e Gary Oldman; nesse filme pós-apocalíptico é retratada a estória de um homem chamado Eli (Denzel) que após ouvir uma voz no seu coração para ir ao oeste e carregar até um lugar ainda desconhecido um livro em sua mala, parte obstinadamente a cumprir aquilo que aquela voz dizia dentro de si.
Durante o filme rola um mix de adrenalina para aqueles que curtem filmes de luta e uma indagação a respeito do livro e de seu conteúdo em meio a uma caça frenética do personagem - representado pelo Gary Oldman - atrás desse livro que Eli carregava.
Chega um momento que fica claro que tipo de Livro é carregado por Eli e para aminha surpresa é uma bíblia na versão King James.
Durante o filme dentre tantos princípios fui impactado por três situações: a primeira delas quando ele está indo para o oeste e esta sendo perseguido pelo personagem do Gary Oldman e após ser baleado no abdômen diz uma frase mais ou menos com esse sentido após 30 anos carregando o Livro sem parar ou duvidar daquela voz: “...todos esses anos carregando esse livro e tendo-o lido diariamente me preocupei tanto em protejê-lo que esqueci de praticar tudo o que li nele.” Nesse momento algo dentro de mim me dizia que muitos tem as linhas desses livros em sua mente e a dominam de forma magistral, mas na maioria das vezes aquelas palavras não descem ao coração, e que o sentido de tê-la era praticar, e claro que no final dessa cena comecei a trazer a minha memória aquilo que poderia estar praticando e não estava bem como aquilo que já estava praticando e deveria continuar a praticar.
A segunda situação foi a de que aquela Voz que Eli entendia que tinha ouvido tinha dito mais ou menos assim: “...durante toda a peregrinação independente do tempo que levar você estará protegido e guardado.” Nessa parte lembrei do patriarca Abraão que obedeceu a voz de Deus após ter ouvido dele para partir rumo a terra que Deus mostraria e bem como todas as promessas feitas a Abraão que hoje sabemos que se cumpriram; assim como o patriarca Eli após ter ouvido a Voz partiu para o oeste sem saber o que encontraria pelo caminho, e nesse momento aquela imersão no Pai se iniciava e aquela voz dizia dentro de mim: com uns falo tanto e me parece incapaz de ser ouvido e por muito pouco me desobedecem, nesse momento aproveitei para meditar sobre o que havia ouvido e foi animal esse momento.
E uma terceira situação foi quando ele chega ao fim de sua jornada sem ter se desviado nenhuma vez da meta de sua peregrinação, naquele momento quis gritar, e fui tomado de um total estimulo e renovação em minha mente que dizia, jamais você deve se envolver com aquilo que você não foi chamado para fazer, porém deve cumprir tudo o que foi designado para cumprir em sua peregrinação, sem se desviar. Comecei a lembrar de tudo o que sabia sobre meus talentos e vocações e alguns deles um pouco esquecidos vieram mais ou menos como que um espelho diante de minha existência, e após aquela sessão saí mais fortalecido que nunca a combater o bom combate, terminar a carreira e guardar a fé, e indiquei o filme para todo mundo, huauhauh.
Com tudo isso quero dizer que a presença do Pai pode ser gozada além de um espaço-tempo pré-determinado, já que devemos ser um com Ele pois intimidade requer conhecermos ao Pai e estarmos com Ele, pois Ele sempre está conosco. Desfrutar desse relacionamento não está restrito a um dia de culto formal, ou a uma oração num quarto, não está limitado aos horários pré-determinados por nós e sim de termos o entendimento que podemos desfrutar dessa intimidade a qualquer tempo e lugar, sem nos privarmos de falarmos e ouvirmos Sua Voz.
Que você possa diariamente gozar do véu rasgado a cada momento nunca esquecendo que a matemática da comunhão e intimidade com o Pai é que qualquer conta que fizermos e qualquer que seja o resultado ele deve sempre expressar o máximo possível, ou traduzindo, quero sempre mais e mais... E em dias difíceis? Eu quero mais e mais... E em dias alegres? Eu quero mais e mais!
E provavelmente após isso todos poderão dizer que sabem o que é buscar a Deus em tempo e fora de tempo!!!
Que o Pai possa nos conduzir a uma intimidade cada vez mais profunda e vertical que nos faça entender como devem ser nossos relacionamentos horizontais.

Um grande abraço seu próximo e irmão Ale.

P.S.: Ocultei algumas cenas e personagens para que as pessoas que forem ainda assistir tenham novidades em ver o filme, e possam se surpreender ou se identificarem mais com o filme do que o que foi registrado por mim nesse artigo.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Devemos mudar o ideal ou cumprí-lo custe o que custar?

2
    Em seu livro Ortodoxia, G.K.Chesterton um mestre do paradoxo disse: "Não estamos alterando o real para que se adapte o ideal. Estamos alterando o ideal: 'é mais fácil"¹. As palavras de Chesterton ecoam como uma profecia sem intenção para os nossos dias.
    Ao lermos a biblia vemos vários exemplos de pessoas que percorreram uma carreira para que um ideal fosse cumprido: Abraão, Neemias, João Batista, Jesus Cristo, são só alguns desses exemplos.
    Chesterton observou que um conjunto de pessoas que tinham um ideal a perseguir estavam mudando o ideal em detrimento do real (cotidiano, vida bios²) e esse ato como ele reparou feria o senso de destino do homem.
    Hoje vemos seres humanos e  nossos irmãos  vivendo uma vida sem qualquer tipo de ideal ou sem propósito algum, gente que vive só por viver, pessoas que até tinham um ideal e acabaram deixando de lado para viver o natural o biológico ao invés de transformar o natural em detrimento do ideal.
    Devemos buscar a compreenssão de qual é o ideal global de todos os que nascem de novo em Cristo, dentre esses ideais posso ressaltar por exemplo: o ide por todo mundo e pregai o evangelho a toda a criatura³, sermos luz do mundo e sal da terra4, sermos imitadores de Deus como filhos amados5, viver uma vida com o mesmo sentimento que hove em Cristo6, etc...
    Uma vez entendendo os ideais e chamados globais (a todo o crente), devemos entender que existem ideais pessoais, sonhos pessoais, talentos pessoais, dons espirituais, que estão em nós e que nos foram dados para um fim proveitoso ou para cumprirmos algum propósito ou ideal.
    Tudo isso nos remete a condição de viver a vida natural e espiritual sempre com ou por ideais e propósitos que nos levam a servir essa geração e glorificar a Deus de forma honrosa, vivida e prazeirosa (sendo interdependentes junto com os outros irmãos e outros ideais do corpo), e ainda nos proporciona capacidade de trabalharmos, estudarmos, constituírmos famílias, nos relacionarmos, por termos em nós esse senso de ideal e propósito.
    Para dar um exemplo usarei a minha vida e escreverei a respeito de um de meus ideais: creio ver uma geração de filhos maduros e legítimos do Pai, que entendam Sua paternidade e filiação, que imitem o Filho Amado (Huios Agapetos7) Jesus cristo, e sei que de alguma forma serei usado para participar desse processo de filiação legítima e maturidade dos filhos, quer ministrando, tomando um café, num pequeno grupo ou grande grupo, bem como suprindo para  a nação o máximo de informações sobre isso. Dessa forma entendo estar através do ideal marcando e servindo minha geração, e sei que durante a vida serei moldado pelo Pai (já que creio que veio Dele) a fim de cumprir minha parte dentro do corpo!!!!!
    Jesus Cristo em João 17, traz um entendimento de que Ele tinha um ideal e esse foi cumprido, e por suas palavras percebemos que Ele não alterou o Ideal, pelo contrário, alterou o real e nos resgatou e conectou de volta ao Pai, além claro de ter mudado a parte natural da vida das pessoas que se encontravam com Ele, fosse com curas, milagres, toda a sorte de sinais, libertações, ensinamentos, princípios, exortações, amor, etc...
    Jesus disse: "Eu te glotifiquei na terra, consumando a obra que me confiaste para fazer"8.
    Cristo em sua vida terrena jamais, jamais, jamais, se deviou do ideal que foi confiado a Ele, e nem o vendeu por coisa natural alguma antes foi fiel até o fim.
    A pergunta é: o quanto vale o ideal único que o Pai nos deu? O que faremos em vida com aquilo que recebemos do Pai? Será que como filhos legítimos temos glorificado o Pai na terra com nossos ideais como Jesus fez? Temos vendido o ideal que nos foi dado por fama, posição, dinheiro, relacionamentos, amizades, ou pela corrupção desse mundo e concupsciência da carne9?
    Uma coisa é fato, de uma forma ou de outra vamos terminar nossa carreira ou nossa vida, e na eternidade ou em seu final saberemos as conseqüências gerais de nossas escolhas, nossa vida é passageira e a eternidade é real e o escritor de Hebreus  adverte a nos desembaraçarmos de todo o peso e do pecado que fortemente (tenazmente) nos assedia, para podermos correr com perseverança a carreira que nos foi proposta, e nesse interim não devemos tirar os nossos olhos de Jesus10, pois se isso acontecer fatalmente corromperemos os nossos ideais, ainda que momentaneamente (e quando isso ocorre devemos voltar a olhar para Jesus e deixarmos Ele nos instigar a cumprirmos de novo o ideal global e pessoas que fomos chamados para realizar).
    Ainda que soframos pelo ideal, sofreremos com Cristo para que com Ele sejamos glorificados11, e em suas palavras: "e, agora, glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que Eu tivera junto de ti, antes que houvesse mundo"11.
    O final da carreira dos que cumprem seus ideais em Cristo será glorioso com o Pai assim como foi, está sendo e sempre será com Jesus Cristo.
    Perseguindo o ideal, o real e o cotidiano serão transformados, e nisso glorificamos o Pai, por isso não devemos nos vender pelo natural e nem devemos esquecer do ideal, antes que toda a nossa família de forma global e interdependente possam terminar a carreira consumando o Ideal.
    Que nós como irmãos possamos: "sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor o nosso trabalho não é vão"12.
    Nunca se esqueça que como G.K. Chesterton disse que mudar o ideal sempre será mais fácil que perseguí-lo até o fim, e devemos perseguí-lo mesmo que para isso tenhamos que carregar um fardo até a montanha da perdição, para destruírmos o anel do poder e cumprindo nosso ideal iremos derrotar o Sauron de nossas vidas13, tendo um final glorioso rumo a Nova Jerusalém.



Abração, seu irmão e próximo......
Ale



Referências:
¹ Ortodoxia de G.K.Chesterton, capítulo 7, página 175, segundo parágrafo;
² Vida biológica que se difere da vida Zoe (vida de Deus);
³ Marcos 16:15;
4 Mateus 5:13-16;
5 Efésios 5:1,2;
6 Filipenses 2:5-11;
7 Mateus 3:17, expressão Filhos amados no original grego é Huios agapetos; 
8 Joao 17:4; 
9 Efésios 2:1-10;
10 Hebreus 12: 1-3;
11 João 17:5;
12 1 Coríntios 15:58;
13 O Senhor do Anéis, O Retorno do Rei,  ano de 2003, Warner Bros. e New Line Home Enterteniment. Quando Frodo, o Bolseiro do Condado, acaba destruindo o Anel do poder na montanha da Perdição, concluindo o fardo da trilogia de J.R.R.Tolken, que só ele poderia cumprir!

terça-feira, 9 de março de 2010

Uma placa, a triste tendência

4
    Se você não fosse cristão e estivesse passando por uma rua de carro ou ônibus, bicicleta ou até mesmo a pé, e num determinado momento você olhasse para cima ou para o lado e visse escrito em uma plaquinha "E Deus julgará a todos os homens", qual seria sua reação? Seria indiferente? Ficaria com medo? Acharia ele um babaca? Ficaria com peso na consciência?
    E se você estivesse com fome e quisesse encontrar o Pai ou Deus em algum lugar, ou estivesse procurando algo que desse sentido para a sua vida? Lendo isso o que você sentiria em relação a Deus e sua vida? Qual seria a aplicação daquela mensagem para a sua vida cotidiana e para a sua espiritualidade e eternidade?
    Bom passando de ônibus por uma rua com um brother que estou discipulando, o Luquinhas, nos deparamos com essa placa no muro de uma casa no caminho para o projeto social Rhema!
    Naquele momento me deparei com uma tendência de que alguns dilemas e expressões como essas podem gerar dentro de alguém que não conhece o Pai ou alguém que já se diz cristão, que totalmente fora do contexto aniquilam a consciência de um Pai de amor e das boas novas.
    Quem a não ser um 'cristão' colocaria uma mensagem daquelas em seu muro, com um livro, um capitulo e um versiculo do novo testamento encontrado na biblia?
    Tentei imaginar as razões pela qual aquela mensagem estava lá, será que era para evangelizar alguém? Ou para deixar algum possivel assaltante com medo da fuuuuuuuria de Deus (uhahauuha)? Mas o que me chamou mais atenção foi que isso poderia nada mais ser do que a visão que ela ou o sistema passaram de Deus ou de Jeová para ela (pessoa), nesse sentido aquela placa expressa a visão que ela tem de Deus, e o pior de tudo expressa uma tendência insensível a uma inclinação terrivel da suposta igreja ou noiva a olhar para Deus dessa forma e sair gritando a plenos pulmões uma visão tão errada de Deus ou do Pai, para esse  novo tempo inaugurado em Jesus a dois mil e poucos anos atrás!
    Fico imaginando o que leva uma pessoa a colocar palavras de juizo numa placa, ao invés de colocar algo sobre o amor de um Pai que amou o mundo e deu o seu próprio filho por pessoas que não poderiam retribuir a Ele nadaaaaaaa!!¹
    E quando imagino, só chego a uma conclusão, passar a nossa imagem de Deus talvez seja a melhor forma de confrontarmos as verdades naturais e caídas as quais os seres humanos tem se entregado; mas o perigo disso tudo é que se essa visão de Deus for deturpada e não revelar o real sentido daquela imagem, isso servirá como uma forma de a pessoa que se deparar com ela, se afaste ou se entregue a algo totalmente errado e deturpado.
    Quando pensamos em boas novas, em pregar o evangelho, devemos talvez primeiro entender o cerne da questão, ou do propósito, e cada dia que passa me convenço de que o evangelho pode ser definido como a reconciliação dos seres humanos a um Pai de amor através de Jesus Cristo o unigênito e mediador dessa nova aliança, que como consequência, nos faz filhos de um Pai de amor², e não de um Deus pronto para mandar fogo dos céus e nos queimar como se queima uma fogueira.
    Essa ótica de um Deus severo que deseja mandar homens para o inferno e condená-los a morte eterna é falsa e não é expressa no novo testamento, já que o "anseio furioso de Deus"³ é expresso por nos amar e não nos destruir.
    Essa placa me ensinou o quanto alguém pode estar errado a respeito do Paizinho que tanto tem nos amado, e me revelou uma tendência da igreja moderna, que é se apartar de valores e principios e verdades absolutas que emanam do verdadeiro Reino de Deus e do Filho do seu amor, e nos impulsionam para a falta absoluta de graça e misericórdia, do império das trevas, que quando as pessoas passarem pelas ruas, possam ler a respeito do amor de Deus e não de seu julgamento, que quando você gritar a plenos pulmões, grite a respeito do verdadeiro evangelho que através do perdão traz reconciliação  a humanidade religando ela a um Pai de amor, quando você for se expressar em algum meio de comunicação faça isso para aproximar as pessoas do Pai e de Jesus Cristo e não espantá-las por medo. Veja as noticias, as desigualdades, os pecados e transgreções, e se pergunte: será que vou seguir a tendência de placas que revelam juizo como uma bandeira  asteada em cima de um monte, ou vou combater tudo isso com a força contrária que as tem causado, através do amor, misericórdia, graça, compaixão e perdão?
    Eu já decidi que placa levantarei, e sei que quando alguém passar de ônibus, carro, bicicleta ou a pé, quando me perguntarem ou estiver em uma praça, shopping ou ainda dando aula de futebol e ministrando em algum prédio chamado de 'casa de Deus' levantarei uma placa de:  amor, misericórdia, graça, compaixão e perdão, a fim de que todos se sintam atraídos por esse Pai que furiosamente nos ama.
    E para encerrar acabo com as palavras de Paulo aos Romanos "Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem"4.

Referências:
¹ João 3:16;
² João 1:12;
³ "O anseio furioso de Deus", último livro do autor Brennan Manning;
4 Romanos 12:21.

terça-feira, 2 de março de 2010

Lago Seco: o início ou o fim?

1
    Salve galera, antes do carnaval rolou uma situação num ensaio de teatro que gostaria de compartilhar ai com vocês, e foi dessa experiência que vem o tema do artigo.
    Em um sábado a noite estava preparando um cenário junto com uma irmã chamada Heloísa para um grupo de teatro se apresentar no domingo, antes de acabar o ensaio recebo uma ligação da mãe de uma das adolescentes que fazem parte desse grupo, ela pediu para eu dizer a ela que o pai dela estava indo pegá-la e que era para ela esperar fora do prédio que ele estava bravo. Ok, passei o recado como essa mãe havia me pedido e ela foi embora, e continuei agora dando uma analisada meio teológica (exegética) no conteúdo da peça.
    No dia seguinte, domingão antes de um culto formal onde aquele grupo se apresentaria, a mãe daquela adolescente veio falar comigo, me pediu desculpas pelo que tinha ocorrido no dia anterior, e eu disse que não tinha problema, e aí sim fomos surpreendidos novamente(Zagalo) ahuuha, ela não parou por ai, continuou falando e foi mais ou menos assim:
    "Sabe o que é Ale, meu marido é um inferno, onde já se viu fazer o que ele faz para mim e para a Amanda (nome fictício), ela é um amor, não da trabalho nenhum (ahammmmm), é um anjo de filha, ele não presta, mas pode deixar, estou esperando e orando para que Deus exerça justiça sobre ele, uma hora Deus vai secar o laguinho dele e dai eu quero ver ele se safar" P.S.: tentei ser o mais fiel possível com respeito as palavras dela. Bom, nem presciso falar que isso me chamou atenção.
    Quero deixar claro que reconheço ser difícil a situação conjulgal nesse estado, e não quero passar por cima da dor de ninguém, mas me proponho aqui a colocar como vejo essa situação e como ela me serviu de experiência.
    Agora não posso negar que esse fato mexeu comigo, pois quando leio o novo testamento me deparo com outro tipo de evangelho vivido, seja nos ensinamentos e na vida de Jesus Cristo, seja nos ensinamentos e na vida dos apóstolos pós-pentecostes. E com tudo o que ouvi quero expor o sistema evangélico em que 'vivemos' e temos 'comido', que tem mais formado homens cheios de justiça própria do que filhos que amam.
    Se o padrão ou sentimento do nosso amoroso Pai não mudou de 2000 e poucos anos para cá e continua tão forte como antes, então fomos nós (igreja) que mudamos e nos afastamos desse Amor, nesse sentido se queremos pregar e viver o evangelho puro e simples devemos voltar para o sentimento original e para a razão central do que se 'prega', ou ainda nos reformarmos ou restaurarmos para nos adequarmos a nova aliança, nesse sentido deixem-me apresentar meus argumentos:
    Há uma tendência que tem chamado minha atenção, que é se pregar a antiga aliança ou o velho testamento (pós-queda) sem que culmine em Jesus (o que não me faz sentido nenhum). Desse modo somos estimulados a encarar alguém que nos fere ou pisa no nosso calo, como talvez Josué encarasse os cananeus ou como Israel e Judá nos tempo dos reis quando encaravam os filisteus.    
    O que as pessoas que tem pregado dessa forma tem esquecido, é que vivemos em um tempo onde o que está vigorando é a nova aliança (ou novo testamento) e não a velha; nesse sentido isso nos remete a um padrão ou a uma essência nova se formos contrastar com a antiga vigência; dessa forma um ser humano nos tempos de hoje jamais será um filisteu ou cananeu, um babilônico ou um perça endemoniado, e sim alguém que carece da graça de Deus ou de um PAI de AMOR.
    Nesse caso (caso do evangelho) deveríamos não pedir juízo para Deus quando não concordamos com algo ou alguém (ainda que esse more na mesma casa), deveríamos orar por eles como quem ora por um inimigo talvez, e nesse sentido fazermos como Jesus nos ensinou, a orar por aqueles que nos perseguem (Mateus 5:43-48), e assim quebrar essa  mentira de ausência de amor, que nos possibilita a pedirmos amor e transformação, ao invés de morte e juízo.
    Outra coisa que me choca é o ódio nas palavras e nas reações que tenho observado por ai; sei que todos falham, mas para eu afirmar que uma pessoa não presta e que ela é um inferno, das duas uma, ou sou santo demais ou não entendi nada a respeito de ter como base da vida o evangelho, deixe-me explicar:
    Está mais que provado que quando tentamos combater o ódio com ódio, raiva com raiva, dor com dor, o resultado é catastrófico pois entramos no terreno da vingança; ao longo da história as mortes causadas em detrimento desse tipo de sentimento ou decisão chegam na casa das dezenas de milhões como está mais que provado, e em cima disso vai a minha pergunta para você que está lendo esse artigo agora, se cremos no evangelho, deveríamos crer no amor como vínculo para a paz, certo? Se cremos no amor, logo deveriamos também acreditar no perdão (e nesse sentido Jesus traz a matemática bíblica para o perdão encontrada em Mateus 18:21,22,23-35), e se cremos no perdão não deveríamos crer na misericórdia e graça exercida por Jesus proporcionando tão grande salvação e de graça ainda sem mesmo merecermos coisa alguma? (Efésios 2:8,9).
     Ora, se o diferencial do evangelho ou do novo testamento ou da nova aliança, é o amor, o perdão, a misericórdia, compaixão e graça, há algo de muito errado em nossas atitudes, pois não há uma força mais eficiente para quebrar a ausência de graça do que a graça, o ódio e a raiva com o amor e com o perdão, e não há maior força capaz de quebrar uma sentença merecida e adversa do que com a compaixão e a misericórdia. Nesse sentido o ódio e o juizo humano perdem o sentido para o evangelho do amor.
    E realmente nesse sentido a parte do lago seco me chamou muita atenção, e tentei imaginar a vida desse marido 'ímpio ou pecador' sem o Pai, e ainda mais com o seu laguinho seco; e descobri que nas palavras daquela esposa aquele laguinho seco não significava coisa boa. Vou além: se o lago seco significar o fundo do poço ou um tempo onde as águas secam para que haja um limpeza no local e nesse caso, o fim seria  o reconhecimento da necessidade de ajuda para a mudança de vida através de uma mudança de mentalidade(metanóia) logo isso seria uma boa coisa já que estaria intimamente ligada com o plano salvador do Pai, e do Filho,  mas o que me preocupa não é nesse caso, pois se ao contrário disso o lago seco, for a ira de Deus que leva a uma enfermidade terminal, que trará sofrimento e dor, e como conseqüência uma morte sem Deus, ou significar o juízo divino culminando numa morte sem Jesus Cristo como seu Salvador, logo o inferno será o próximo estágio desse marido, logo tudo não faz sentido nenhum, pois se a vida dessa pessoa (e pode ser qualquer outra) está sem o Pai ou sem Jesus ele não precisa de juízo divino ou uma enfermidade terminal, como ele está afastado de Deus, o resusltado final dele sem Jesus por enquanto ja é o inferno e dai não seria necessário potencializar nada, já que a 'condenação é certa'. E isso me leva a crer que essa pessoa (ou qualquer outra) precisa justamente do oposto para que se mude a sua eternidade, logo essas pessoas carecem do amor, de misericórdia e graça, além da compaixão e do perdão.
    Agora analisando a questão conjulgal num âmbito geral e não pessoal tenho biblicamente essa matemética apresentada por Paulo e por Pedro. Paulo disse em 1 Corintios "e a mulher que tem marido incrédulo, e este consente em viver com ela, esta não deixe o seu marido. Pois o marido incrédulo é santificado pela esposa, e a esposa incrédula é santificada no convívio do marido crente. Doutra sorte os filhos seriam impuro; porém agora são santos" 1 Corintios 7:13,14.
    Nas palavras de Pedro: "Mulheres, sede vós, igualmente, submissas aos vossos próprios maridos, para que, se algum deles não obedecem a palavra, sejam ganhos, sem palavra alguma, por meio do procedimento de suas esposas, ao observarem o vosso honesto comportamento cheio de temor; seja, porém, o homem interior do coração, unido ao incorruptível de um espírito manso e tranquilo, que é de grande valor diante de Deus" 1 Pedro 3:1-4.
   Ora, em ambos os casos o amor e o  bom procedimento tem se revelado como armas, que podem mudar as situações adversas vividas, e não o ódio e a raiva , ou o juízo divino, contra ao cônjuge ou contra qualquer pessoa.
    Mas se ainda sim depois de termos tentado o amor, a graça, a misericórdia, a compaixão, o perdão e nada tiver mudado (o que acho bem difícil, mas já vi acontecer) o próprio texto de 1 Corintios nos dá a solução nas palavras de Paulo: "mas se o descrente quiser apartar-se, que se aparte, em tais casos não fica sujeita a servidão nem o irmão e nem a irmã, Deus nos tem chamado a paz (e não ao juízo, ódio ou vingança) 1 Corintios 7:15. E ainda há um princípio em Amós que entendo expressar essa condição parafraseando 1 Corintios 7:15, "Andarão dois juntos, se não houver entre eles acordo?" Amós 3:3.
    Acabo de perceber como Deus prefere a paz do que a guerra e o inferno.
    Voltando-me para o sistema da igreja moderna e o lago, eu em outro prisma, creio que seria uma benção os lagos secarem, para podermos limpar toda a sujeira cancerigenada religião e de um sistema totalmente corrompido pela falta do sentimento original que de forma tão clara está revelada nas palavras e na vida de Jesus bem como dos apóstolos e da igreja primitiva.
    Temos vivido um tempo onde o amor no nosso meio não tem reinado, onde a graça e a misericórdia só é encontrada em um livro chamado biblia e não nos atos dos que professam seu credo, onde a compaixão e o perdão se perderam nas palavras de Jesus e não expressam a realidade dos supostos "filhos".
    Mas tenho um outra pergunta, os filhos verdadeiros não fazem somente aquilo que vir o pai fazer, segundo as palavras de Jesus?
    Se não fazemos aquilo que esta explicito nos evangelhos como o pai fez em enviar seu Filho Jesus por amor de nós (João 3:16), se não exercemos misericórdia e graça para com os nossos irmãos e próximos, se não exercemos compaixão e se não perdoamos como fomos perdoados, na verdade não o conhecemos e se não o conhecemos ou se não o temos conhecido, precisamos que nosso lago seque como o lago da pessoa da história e ai chegaremos e a igreja chegará no fundo do poço ou da seca, para podermos ser limpos de todo o mal e ai sim sermos inundados por essa água viva que gerará tranformação e mudança de mentalidade que se reflitirá em atitudes de acordo com o Espirito que dizemos que habita em nós, quando isso acontecer seremos realmente filhos transformados, legítimos e maduros, pois segundo minha análise estamos mais parecidos com o homem pecador da história que precisa de uma limpeza, do que para um primor de amor e santidade, precisamos como igreja no geral do Pai igualzinho o marido da história precisa.
    Que possamos acordar, despertar, mudarmos nossa mente, para amarmos, exercermos misericórdia e graça  e ainda sentirmos compaixão e perdoar, somos tão caidos que isso não está em nós e sim nele e a resposta foi dada a Nicodemos, um religioso da época de Jesus, é preciso nascer de novo (João 3:1-6)! Ou voltar para a essência ou secar o laguinho da igreja e do contexto moderno para que haja vida e filhos de verdade.

 No amor do Abba, seu irmão e próximo, Ale

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Graça e Ausência de Graça: uma linha tênue as separam

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    A palavra graça segundo Philip Yancey "é a única palavra ainda não corrompida", e não só por isso, mas o que ela representa ou deveria representar para todo aquele que pertence a Cristo é em sua essência ou plenitude o diferencial de uma vida.
    Para dar um pano de fundo, a fim de enriquecer esse artigo vou usar um fato pessoal, onde me encontrei nessas duas situações: a graça e a ausência de graça.
    Moro com um cara, jovem, rapper cristão, chamado Luiz ou Luizão para os mais próximos, hauha, há dois dias atrás quando cheguei de uma tarde de treino (dou aulas de futebol em um projeto social), cheguei sem vontade de fazer muita coisa, só queria ler um pouco e meditar também, só que estava com fome e provavelmente devesse ter feito a janta, mas estava muito cançado para isso, foi ai que resolvi preparar um macarrão instantâneo que seria muito mais rápido do que cozinhar no comecinho da noite.
    Quando estava pegando o pacotinho de macarrão o Luizão chega com aquele sorriso maroto no rosto, e diz assim: "Ale você podia esquentar água e fazer um para mim também" provavelmente ele deveria estar com fome... e a minha resposta foi a que talvez uma grande porção do corpo teria na ponta da língua: "Ah Luizão são só três minutinhos não custa nada você fazer vai".
    Depois de alguns minutos me dei conta do que aquela situação estava me ensinando ou me lembrando; é claro que ele poderia realmente ter feito, já que eram só três minutinhos e estava no meu direito de não aceitar; o detalhe é que agindo dessa forma agi como qualquer pessoa que vive nesse mundo de ausência de graça onde é cada um por si, e quem for mais apto sobrevive. Naquele momento, fui relembrado como um renovo a respeito da graça e seu caráter imerecido (não merecido), talvez o sorriso maroto do Luizão tenha sido: "vou fazer o Ale preparar um macarrãozinho para mim" ou ainda "nossa estou com fome e vou pedir para o Ale me ajudar, mas estou constrangido" (por isso da risada), não importa qual fosse o caso, naquele momento em três minutos poderia dar outro sabor ou perfume para aquela situação e aspergir um pouco mais o cheiro da graça nesse mundo cheio de ausência de graça. Não me dei conta que Jesus praticou o caráter imerecido da graça sem mesmo nós merecermos, ele foi humilhado, espancado, torturado, julgado insjustamente, maltratado, sofreu o que ninguém jamais poderá sofrer, foi ultrajado, e ainda no final disse ao Pai: "perdoa-os pois eles não sabem oque fazem" ¹, ora  naquele comecinho de noite não pratiquei a graça com seu caráter imerecido com respeito a três minutos e um macarrãozinho, e só me restou confessar minha falha e desejar exercê-la na próxima oportunidade.
    Segundo Philip Yancey: "A ausência de graça opera como um pano de fundo estático ao longo da vida das famílias, nações e instituições. Ela é infelizmente nosso estado humano natural" ². Naquele momento me reportei ao meu estado humano natural, mas digo, há uma linha tênue entre a graça e ausência de graça.
    Um dia antes um pouco mais de 24hrs antes do acontecimento com o Luizão, um homem bateu na porta de casa, e ele era um senhor que estava passando uma dificuldade animal, e naquele momento pude ajudá-lo além  do que seu pedido (não vou entrar em detalhes), mas ali pude exercer a graça em seu caráter espontâneo e imerecido ja que talvez nunca mais veja aquele senhor. Nesse momento o ar foi tomado pela graça, a graça então combatia a ausência de graça.
    Logo relembrei a linha tênue que separava um ato de favor imerecido (graça), com a ausência dela em outro ato paradoxal, no dia seguinte, somos bombardeados dia-a-dia por idéias e princípios que tentam destruir a operação e o desejo pela graça, quando vemos um jornal a grande maioria das notícias são de ausência de graça, até o momento do esporte pode se tornar em ausência de graça se no caso foi o time pelo qual você torce que foi derrotado, em uma novela as separações e valores combatem a graça de forma sorrateira levando a ausência de graça, os bbbosta da vida sempre tem um paredão onde não se vê graça alguma, porque é um jogo, no trânsito há mais discussão do que graça, enfim a ausência de graça é massante ao nosso contexto pós-moderno (ou no nosso solo epistemológico)³.
    Talvez por isso  já tenhamos lido alertas como: "buscai a Deus em tempo e fora de tempo", "buscai-o enquanto esta perto; invocai-o enquanto se pode achar", "regozijai-vos sempre. Orai sem cessar. Em tudo dai graças... Não apagueis o espírito. Não desprezeis profecias; julgai todas as coisas, retém o que é bom, abstende-vos de toda forma de mal"4. Isso nos remete a comunhão prazeirosa com o Pai e não a ordenanças, mas uma coisa é fato, realmente a linha é tênue, em um namoro, casamento, amizade, trabalho, comunidade local, culto formal, ou tomando um café na praça, se vacilarmos voltamos a nosso estado natural e em pouco tempo vacilamos e passamos a praticar atos de ausência de graça, sei que sempre existirá um ou outro ato já que somos pecadores, mas que essa não seja a tônica de nossas vidas.
    Como o Philip Yancey disse: "A graça é o melhor presente do cristianismo ao mundo. Ela é uma boa nova espiritual em nosso meio, exercendo uma força maior do que a vinganca, mais forte do que o racismo, mais forte até do que o ódio. É triste dizer, mas, infelizmente, para um  mundo carente, a igreja às vezes apresenta mais uma forma de ausência de graça"5.
    Eu desejo ser um pára raio de graça, um imã que atrai o imerecido pelo simples fato de não merecer coisa alguma, anseio pela graciosidade da graça em cada abrir e fechar de olhos, desejo reconhecer sem máscara alguma sempre, que em mim não há atrativo, mas creio que ainda que o Pai tenha que procurar NELE alguma coisa para poder exercer graça sobre mim sei que encontrará pois Ele é amor e a graça se renovará, talvez o que tenho que seja capaz de atrair Sua graça é o Espirito Santo que habita em mim (que não é meu, é Espirito Santo de Deus) e o sangue que corre em mim (que também não é meu, mas sim do Filhão, meu brother mais velho) logo sempre vou ou vamos depender da graciosidade abundante dEle.
    Nossos atos de graça jamais farão o Pai nos amar mais, mas com eles podemos levar as boas novas a um mundo onde a ausência de graça tem imperado, e quem sabe não seremos usado para sermos mordomos da graça a essa  geração, e assim mostrarmos de verdade um pouco do nosso ABBA PAIZINHO.
    Uma nota importante sobre a graça que talvez te ajude a praticá-la: "A graça não é justa - o que é uma das coisas mais difíceis de aceitar nela." (Philip Yancey) 6.
   Se puder exerça a graça ainda hoje, com seu namorado, conjuge, amigo, companheiro de trabalho, pois eu vou saindo daqui exercer a graça com o Luizão, huauhahuahu.

Um grande abraço, seu irmão e próximo, Ale.

Referências:
¹ Lucas 23:34;
² Philip Yancey, Maravilhosa Graça; pág. 76, cap 7;
³ "Não quis ser legalista só apresentei fatos, quem assiste o que foi citado, tem total ato de decisão sobre o que ver ou não, e não quis dizer também que seja errado";
4 Isaías 55:6; 1 Tessalonicenses 5:16-22;
5 Philip Yancey, Maravilhosa Graça; pág. 25, cap 3;
6 Philip Yancey, Maravilhosa Graça; pág. 75, cap 6. 

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

"Crentes" na capital da Gonzolândia

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    Há alguns dias estava conversando com um irmão nosso chamado Harley, estávamos na porta de uma denominação local quando ele disse uma frase que me marcou e senti-me desafiado a postar algo sobre sua frase.....
    Foi uma conversa de uns 4 minutos, mais que foi o necessário para ele desabafar a respeito de algo que ele não aguentava mais; ele disse assim: "sabe estou cansado de 'irmãos' que dizem se importar, que dizem 'conta comigo', porque na verdade só se interessam da boca para fora, são hipócritas e provavelmente só são crentes lá na capital da Gonzolândia"
    O mais terrível é que ouvi isso de um irmão falando a respeito de outros irmãos, o que já me soa muito estranho por sermos uma 'família', por sermos comprados pelo 'mesmo sangue', e imagino por termos o 'mesmo PAI' (mas não me surpreendi).
    Tenho presenciado ao longo de alguns anos algo bem estranho, quando leio o começo de Atos vejo uma igreja, noiva, ou o que você queira nominar com um sentimento de amor, e um senso de se importar uns com os outros que na verdade está raríssimo de encontrarmos no contexto moderno que temos vivido........ Quando leio Atos vejo que eles tinham um sentimento que hoje esta cada vez mais raro entre os irmãos que vão à 'Casa-de-Deus', que freqüentam os cultos formais entre quatro paredes, que vão comer alguma coisa depois do culto para chamar de comunhão, etc......; a partir do momento que contrasto a realidade das duas gerações concluo que ou eles estão errados ou nós estamos errados, e analisando os atos dessa geração a luz da palavra chego a conclusão massante que se conhecesse meus irmãos primitivos, provavelmente iria abominar o  formato de evangelho vivido pela grande maioria nos nossos tempos, (mas será que já não estou abominando? rsrs).
    Para exemplificar isso vou contar uma história que rolou semana passada que exemplifica o contexto primitivo e a frase do meu irmão....
    No feriado de carnaval fomos um grupo de amigos-irmãos para Ourinhos-Sp, e foi muito louco o que rolou lá, restauração e reforma, onde a máxima foi: 'A vida precede a forma'. Quando voltamos na terça a noite o Régio e a Jaque me levaram até em casa, e quando fui sair do carro provavelmente minha carteira deva ter caido da minha mochila sem eu perceber.
    Naquela noite dormi pra caramba porque estava exausto, foi aí que acordei com um diálogo no portão da casa da minha mãe, e a conversa foi estranha aos meus ouvidos, parecia que alguém tinha encontrado alguma carteira na rua só que não tinha nenhum dinheiro.... dei um salto da cama, e fui direto na minha mala e quando a abri vi que minha carteira não estava lá, de repente minha mãe abre a porta chorando e disse que fui roubado......
    Na minha carteira eu tinha 200tão e parte dessa grana iria usar para voltar para Limeira... mas alguma coisa no plano teria que mudar, porque eu estava sem grana para a viagem, e meus amigos-irmãos e eu tínhamos marcado cinema na quarta a tarde, e eu não tinha grana nem para pegar o busão para encontrar com eles...
    Fiz algumas ligações falei com o Régio e com o Tropical, meus brothers, e disse que daria um jeito de ir com eles no cinema independente de qualquer coisa, e eles se dispuseram a me ajudar.... p.s.: quando descobri que havia sido roubado, apesar de ter ficado um pouco chateado isso não me abalou, antes me estimulou a orar pela pessoa que furtou aquela grana, sem raiva entendi que provavelmente ele estava precisando mais do que eu, e que aquilo foi uma oportunidade para eu clamar talvez por um perdido que necessitava ser encontrado pelo Pai. Durante aquele tempo de devocional ao invés de me preocupar, descancei no Pai sabendo que de qualquer forma Ele cuidaria de mim e então pude louvá-lo naquele quarto pelo dia 'lindo' que tinha começado.
   No local marcado o Régio me pegou, pegamos a Dani na casa dela e fomos encontrar o Tropical para vermos o filme...... durante o tempo todo, todos sabiam que eu não tinha grana nenhuma, quando eles comiam, alguém pagava para mim e eu comia também, quando eles compraram o ingresso para o cinema eles compraram para mim, quando depois do cinema fomos comer, eles mais uma vez compareceram como irmãos na minha vida, e além disso um fato realmente importante aconteceu na fila onde compramos os ingressos para o cinema, um dos irmãos me abençoou, ofertou, chamem como quiser, com uma quantia em moeda estrangeira que convertida para o Real deu mais do que tinham me roubado na manhã do mesmo dia, fiquei surpreso pela graça do Pai na fila de um cinema, e pela disposição de um irmão que provavelmente iria usar aquela grana para sua família e abriu mão dela para suprir naquele momento a minha necessidade...
    Depois do filme fomos para  o apartamento do Tropical onde falamos sobre coisas preciosas da Palavra e sobre a aplicação delas nas nossas vidas, dai o Régio e a Jaque foram me levar até em casa (isso significa do outro lado da cidade de São Paulo), fomos conversando e chegando na porta de casa fomos orar antes de eu ir, e algo aconteceu, em mais ou menos uns 5 minutos de oração  rolou um quebrantamento, onde choramos pra caramba, pois tamanha era a ação de graça ao Pai de podermos estar juntos todos aqueles dias em Ourinhos e em São Paulo, e o nosso desejo e oração naquele momento foi justamente que o sentimento primitivo que temos vivido entre nós pudesse ser uma tônica geral para a noiva de Cristo, e naquele momento fiquei mais apaixonado ainda pelos meus irmãos que são mais que especiais para mim, verdadeiras referências, do amor e zêlo do Pai para essa geração.
    Quando no começo disse a respeito da conversa de 5 minutos com o Harley, provavelmente todas as experiências dele com os irmãos tenham sido o oposto das que tenho vivido no contexto da minha vida. Sei que muitos tem a mesma opinião que a dele e sei que as coisas andam muito superficiais entre nossa família 'evangélica', onde a maioria não está nem aí uns para os outros, e os que dizem que se importam na verdade falam só da boca para fora, e na hora do vamo vê não estão nem aí. O que me chama a atenção é que se a maioria estiver em uma campanha financeira de milhares de semanas enquanto seu irmão, que sentou do seu lado no 'culto' esta passando necessidade, provavelmente ele vai comparecer com a sua campanha e nem vai se importar com quem está do seu lado, ou ainda se a denominação local por exemplo estiver construindo um 'templo', e estiver pedindo doações, e um irmãos estiver para ter sua água cortada no dia seguinte, para quem você acha que ele vai liberar a grana, para o 'templo' claro, mesmo sabendo que Deus disse que não habitaria mais em templos feitos por mãos humanas, e sim que habitaria em pessoas. Ou ainda se um irmão do seu trabalho estiver passando alguma necessidade e você sabe que pode orar por ele diante do Pai, mas chegando em casa vai rolar o paredão do bbbosta, será que o irmãozinho vai orar ou ver bbbosta? Ou ainda se você souber que existe um grande número de irmãos passando necessidade ou ainda um país devastado por um terremoto precisando de ajuda urgente, o irmãozinho rico da grana que vem de vocês, aliviaria a dor dos seres humanos ou preferiria com sua reserva de grana dos irmãos comprar uma Ferrari?  Claro que foi a Ferrari. Ou ainda se seu irmão tivesse caído em algum pecado e todos que deveriam levantá-lo estão apontando o dedo, o que você faria? Ou ainda se você soubesse que um irmão foi roubado de manhã e não tivesse  nada, o que você faria? Convidaria ele para o cinema mesmo assim? Ou se ele não tivesse sido roubado mas você sempre diz que o AMA, mas não tivesse grana para ver filme com os irmãos o que você faria Cristão?
    Então tenho irmãos preciosos que me aliviaram no meu dia mal, provaram em atitudes que me amavam, e me fizeram amar cada vez mais o sentimento da igreja primitiva, me estimulando a continuar crendo que o amor entre os irmãos e nossa unidade é o que nos diferencia e nos aproxima dos perdidos e uns dos outros.
    Se você diz que se converteu, se diz que Jesus é sua vida, se diz que Deus ou Jeová tem te abençoado, se ainda afirma que ama ao Pai, e se importa mais com você do que com os outros, sendo assim incapaz de ser alívio para seus irmãos, me desculpe, o Jesus que você conhece deve morar na Gonzolâdia, a transformação que você teve deve ter sido de uma fábula aprendida na Gonzolândia, a sua oferta de amor ao 'templo' ou a campanha são sementes que só se produzem na Gonzolândia, Jesus deve ser sua vida não na família de Cristo e sim na Gonzolândia, se você é capaz de só servir copos de água para os pastores que sobem no púlpito, separar lugares na igreja para as 'autoridades', pagar viagens para seus amados e queridos presbíteros, ou ainda é capaz de colocar uma máscara para ser aceito pela cúpula clerigal da 'sua igreja', e não consegue se importar, se mover e agir em favor dos seus irmãozinhos que não podem te oferecer nada em troca, se faz isso e é incapaz de ser alívio para os necessitados e aflitos, se em suas orações só consegue citar seu grande nome próspero e abençoado, se faz vista grossa aos famintos e sedentos do meio de vocês, tenho uma dica: se convertam de verdade, voltem para o primeiro amor, se importem, supram as necessidades do próximo, amem de verdade e sejam cumpridores da graça num mundo cheio de ausência de graça, amem loucamente seus irmãos, se apaixone por eles até que você considere suas vontades e necessidades mais prioritárias do que as suas, até que você se importe mais com seu irmão do que com seu umbiguinho tão lindo, agora se você não esta disposto a mudar sua vida, a se arrepender de sua vidinha captalista ocidental voltada só para você mesmo, pelo menos não seja hipócrita dizendo que ama, dizendo que se importa, e mentiras desse tipo, ou pega suas coisas e se muda para a Gonzolândia, porque quem tem um irmão como você não precisa de inimigo, e lá na Gonzolândia você vai poder dizer que é de Jeová, poderá praticar as mesmas obras mortas que sempre.....
    Que nós de verdade possamos no importar e fazer de tudo para estarmos em unidade sem nos vendermos a um evangelho meia boca e sem compromisso que está sendo pregado, onde o foco é mais a grana e a vitória financeira e os  mega templos de pedra, areia e  cimento, do que as pessoas que na verdade são insignificantes.

Decida entre o amor a Deus e ao próximo: a base do evangelho puro e simples ou a capital da Gonzolândia onde toda a indiferença é possível.

Grande abraço seu irmão e próximo Ale.

Referências: Efésios 4:1-6; João 13:34,35; João 15:10-15; 1 João 1:5-7, 2:5-6, 9-11, 3:15,17; Mateus 25:31-46.