sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Graça e Ausência de Graça: uma linha tênue as separam

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    A palavra graça segundo Philip Yancey "é a única palavra ainda não corrompida", e não só por isso, mas o que ela representa ou deveria representar para todo aquele que pertence a Cristo é em sua essência ou plenitude o diferencial de uma vida.
    Para dar um pano de fundo, a fim de enriquecer esse artigo vou usar um fato pessoal, onde me encontrei nessas duas situações: a graça e a ausência de graça.
    Moro com um cara, jovem, rapper cristão, chamado Luiz ou Luizão para os mais próximos, hauha, há dois dias atrás quando cheguei de uma tarde de treino (dou aulas de futebol em um projeto social), cheguei sem vontade de fazer muita coisa, só queria ler um pouco e meditar também, só que estava com fome e provavelmente devesse ter feito a janta, mas estava muito cançado para isso, foi ai que resolvi preparar um macarrão instantâneo que seria muito mais rápido do que cozinhar no comecinho da noite.
    Quando estava pegando o pacotinho de macarrão o Luizão chega com aquele sorriso maroto no rosto, e diz assim: "Ale você podia esquentar água e fazer um para mim também" provavelmente ele deveria estar com fome... e a minha resposta foi a que talvez uma grande porção do corpo teria na ponta da língua: "Ah Luizão são só três minutinhos não custa nada você fazer vai".
    Depois de alguns minutos me dei conta do que aquela situação estava me ensinando ou me lembrando; é claro que ele poderia realmente ter feito, já que eram só três minutinhos e estava no meu direito de não aceitar; o detalhe é que agindo dessa forma agi como qualquer pessoa que vive nesse mundo de ausência de graça onde é cada um por si, e quem for mais apto sobrevive. Naquele momento, fui relembrado como um renovo a respeito da graça e seu caráter imerecido (não merecido), talvez o sorriso maroto do Luizão tenha sido: "vou fazer o Ale preparar um macarrãozinho para mim" ou ainda "nossa estou com fome e vou pedir para o Ale me ajudar, mas estou constrangido" (por isso da risada), não importa qual fosse o caso, naquele momento em três minutos poderia dar outro sabor ou perfume para aquela situação e aspergir um pouco mais o cheiro da graça nesse mundo cheio de ausência de graça. Não me dei conta que Jesus praticou o caráter imerecido da graça sem mesmo nós merecermos, ele foi humilhado, espancado, torturado, julgado insjustamente, maltratado, sofreu o que ninguém jamais poderá sofrer, foi ultrajado, e ainda no final disse ao Pai: "perdoa-os pois eles não sabem oque fazem" ¹, ora  naquele comecinho de noite não pratiquei a graça com seu caráter imerecido com respeito a três minutos e um macarrãozinho, e só me restou confessar minha falha e desejar exercê-la na próxima oportunidade.
    Segundo Philip Yancey: "A ausência de graça opera como um pano de fundo estático ao longo da vida das famílias, nações e instituições. Ela é infelizmente nosso estado humano natural" ². Naquele momento me reportei ao meu estado humano natural, mas digo, há uma linha tênue entre a graça e ausência de graça.
    Um dia antes um pouco mais de 24hrs antes do acontecimento com o Luizão, um homem bateu na porta de casa, e ele era um senhor que estava passando uma dificuldade animal, e naquele momento pude ajudá-lo além  do que seu pedido (não vou entrar em detalhes), mas ali pude exercer a graça em seu caráter espontâneo e imerecido ja que talvez nunca mais veja aquele senhor. Nesse momento o ar foi tomado pela graça, a graça então combatia a ausência de graça.
    Logo relembrei a linha tênue que separava um ato de favor imerecido (graça), com a ausência dela em outro ato paradoxal, no dia seguinte, somos bombardeados dia-a-dia por idéias e princípios que tentam destruir a operação e o desejo pela graça, quando vemos um jornal a grande maioria das notícias são de ausência de graça, até o momento do esporte pode se tornar em ausência de graça se no caso foi o time pelo qual você torce que foi derrotado, em uma novela as separações e valores combatem a graça de forma sorrateira levando a ausência de graça, os bbbosta da vida sempre tem um paredão onde não se vê graça alguma, porque é um jogo, no trânsito há mais discussão do que graça, enfim a ausência de graça é massante ao nosso contexto pós-moderno (ou no nosso solo epistemológico)³.
    Talvez por isso  já tenhamos lido alertas como: "buscai a Deus em tempo e fora de tempo", "buscai-o enquanto esta perto; invocai-o enquanto se pode achar", "regozijai-vos sempre. Orai sem cessar. Em tudo dai graças... Não apagueis o espírito. Não desprezeis profecias; julgai todas as coisas, retém o que é bom, abstende-vos de toda forma de mal"4. Isso nos remete a comunhão prazeirosa com o Pai e não a ordenanças, mas uma coisa é fato, realmente a linha é tênue, em um namoro, casamento, amizade, trabalho, comunidade local, culto formal, ou tomando um café na praça, se vacilarmos voltamos a nosso estado natural e em pouco tempo vacilamos e passamos a praticar atos de ausência de graça, sei que sempre existirá um ou outro ato já que somos pecadores, mas que essa não seja a tônica de nossas vidas.
    Como o Philip Yancey disse: "A graça é o melhor presente do cristianismo ao mundo. Ela é uma boa nova espiritual em nosso meio, exercendo uma força maior do que a vinganca, mais forte do que o racismo, mais forte até do que o ódio. É triste dizer, mas, infelizmente, para um  mundo carente, a igreja às vezes apresenta mais uma forma de ausência de graça"5.
    Eu desejo ser um pára raio de graça, um imã que atrai o imerecido pelo simples fato de não merecer coisa alguma, anseio pela graciosidade da graça em cada abrir e fechar de olhos, desejo reconhecer sem máscara alguma sempre, que em mim não há atrativo, mas creio que ainda que o Pai tenha que procurar NELE alguma coisa para poder exercer graça sobre mim sei que encontrará pois Ele é amor e a graça se renovará, talvez o que tenho que seja capaz de atrair Sua graça é o Espirito Santo que habita em mim (que não é meu, é Espirito Santo de Deus) e o sangue que corre em mim (que também não é meu, mas sim do Filhão, meu brother mais velho) logo sempre vou ou vamos depender da graciosidade abundante dEle.
    Nossos atos de graça jamais farão o Pai nos amar mais, mas com eles podemos levar as boas novas a um mundo onde a ausência de graça tem imperado, e quem sabe não seremos usado para sermos mordomos da graça a essa  geração, e assim mostrarmos de verdade um pouco do nosso ABBA PAIZINHO.
    Uma nota importante sobre a graça que talvez te ajude a praticá-la: "A graça não é justa - o que é uma das coisas mais difíceis de aceitar nela." (Philip Yancey) 6.
   Se puder exerça a graça ainda hoje, com seu namorado, conjuge, amigo, companheiro de trabalho, pois eu vou saindo daqui exercer a graça com o Luizão, huauhahuahu.

Um grande abraço, seu irmão e próximo, Ale.

Referências:
¹ Lucas 23:34;
² Philip Yancey, Maravilhosa Graça; pág. 76, cap 7;
³ "Não quis ser legalista só apresentei fatos, quem assiste o que foi citado, tem total ato de decisão sobre o que ver ou não, e não quis dizer também que seja errado";
4 Isaías 55:6; 1 Tessalonicenses 5:16-22;
5 Philip Yancey, Maravilhosa Graça; pág. 25, cap 3;
6 Philip Yancey, Maravilhosa Graça; pág. 75, cap 6. 

6 Response to Graça e Ausência de Graça: uma linha tênue as separam

26 de fevereiro de 2010 às 20:13

hehe...então na próxima o Luizão vai ter um macarrãozinho

gostei bastante do texto, e uma coisa que me veio a cabeça também, é das várias vezes que a Biblia nos orienta a vigiar, estar sempre atentos com tudo que fazemos...e que tudo seja para que Deus sorria com as atitudes.

é isso aí
Fica na paz

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27 de fevereiro de 2010 às 13:47
Este comentário foi removido pelo autor.
1 de março de 2010 às 15:45

Ótimo texto Alê *-*
Continue mesmo exercendo a graça com o Luizão...rs

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2 de março de 2010 às 10:42

hauhauhu, não só com ele mais com a galera toda que eu puder!!!!!
Bjão ca

3 de março de 2010 às 06:23

CARTA ABERTA AOS SERES HUMANOS

Precisamos cair na real, não nascemos do excremento. Somos criação de uma mente perversa e sem escrúpulo. Para compreender esta afirmação, basta ver o potencial de maldade que foi depositado dentro de nós. Este criador nos criou com apenas uma intenção, provar ao seu Criador que era capaz. Exatamente pelo mesmo motivo que construímos nossas coisas. Na verdade, buscamos reconhecimento. Mas tem um agravante, este criador perverso, está defendendo uma causa jurídica pessoal, frente a uma corte celestial. Ele alega que foi injustiçado pelo amor daquele que o criou. E está nos usando para contar sua versão dos fatos. Acontece que infelizmente, Ismael representado pelos Árabes e Isaque representado por Israel, são seus principais protagonistas. A mensagem é clara, o filho primogênito, Ismael, representante de Jeová Criador da Matéria, foi desconsiderado diante da comunidade celestial, por um suposto erro no amor de Seu Pai. E o filho Isaque – Jesus, a plenitude do amor do Altíssimo - foi por isso, odiado por seu irmão Jeová, que o matou em seus sentimentos feridos. Como conseqüência, houve uma batalha no céu, os seguidores de Jeová, batalharam contra os seguidores de Jesus. Dessa batalha espiritual, dois terços do céu permaneceu fiel a Jesus, e um terço veio para as trevas exteriores com Jeová. Deu-se assim, o universo físico que conhecemos. Um falso mundo que está rapidamente se extinguindo na imensidão de trevas em expansão. A audiência está marcada é o juízo final. Jeová apresentará os acontecimentos em seu mundo perecível, como prova da sua inocência. Esses acontecimentos formam a história sagrada dos povos que descendem de Abraão. Na última cena desse drama, está a batalha pela primogenitura realizada pelos descendentes de Ismael, contra os descendentes de Isaque. No último momento dessa batalha a humanidade será julgada pelo seu criador. Infelizmente, para os seres dessa natureza, de acordo com Jesus Cristo em João capítulo 16, Jeová, foi vencido em seus argumentos no seu próprio drama. Porque Jesus preferiu morrer a romper com o amor do Pai Celestial, demonstrando que ama seus semelhantes acima de sua vida. Com isso, Jeová Lúcifer, perdeu sua causa e admitiu sua derrota. E como, auto sentença, permanecerá nas trevas exteriores com dois terços dos seres humanos que não conseguiram repetir o feito de Jesus Cristo. Enquanto um terço compreenderá e seguirá novamente para glória com Deus Altíssimo, para a dimensão que não conhecemos, mas que se abrirá em breve para que todos possamos visualizar. Isso acontecerá após a batalha final e o juízo final, quando Jesus nos receberá nas nuvens de forma triunfante (Mateus cap. 24). Por coincidência, esse um terço que está retornando são os mesmos que saíram do céu com Jeová Lúcifer. E os dois terços que nas trevas exteriores ficarão com Jeová, são seus, criados a partir de seu ser, os quais não conhecem o pleno amor de Deus, em Jesus Cristo, nosso salvador e libertador. Eu vou - você não vai?

Portanto, eis os avisos que Jesus tem nos dado: Quem mora em edifício, exija meio de fuga rápido. Porque até o momento final, não ficará um edifício de pé. Porém será progressivo o problema. Quem mora perto de praia, progressivamente o mar tomará todas as áreas baixas e a seu nível. Haverão tufões, furacões, maremotos e todo tipo de coisas horríveis, que acontecerão progressivamente. Quem mora nas terras elevadas serão visitados por raios, chuva de pedra, vendavais e coisas terríveis dessa natureza. Tudo que Jeová já praticou antes e foi relatado nas Sagradas Escrituras, agora será em escala universal. Quanto as guerras, infelizmente, progressivamente iremos ao dilúvio de fogo. Pedimos que visitem nosso blog e nossas páginas para que possam compreender tudo que aqui está escrito. Clique em Martins111.

9 de julho de 2011 às 19:23

Ai meu querido vc sabe que eu tenho maior admiração por você e você mora no meu coração e estamos sempre juntos para que der e vier firmeza total aqui é o Cronicas Rap fica na paz do Senhor Jesus amém !!!

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