segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Será que sabemos praticar a Existência do Pai e a Presença do Pai?

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Na semana retrasada estive durante 5 dias na Fábrica Huios, que visa a exposição de líderes, pastores, profetas, missionários e todos que entendem que têm um chamado, ao entendimento de algo que tenho presenciado no contexto e para o contexto dessa geração, que é o foco de Deus como Pai e de deixarmos Ele moldar em nós um caráter de filhos legítimos e maduros,sem que para isso messesitemos de um nome ou uma denominação expecifica, ja que só filho corresponde seu entendimento total.

Sexta à noite meu irmão e amigo Paulo David Muzel (Tropical), ministrava a respeito de uma experiência pessoal que teve e fez disso pano de fundo que marcou todos os que estavam lá, e em cima dela que vou tentar escrever algo... vou tentar ser o mais objetivo possível.

Um dos dias da semana retrasada antes da Fábrica Huios, o Tropical trabalhava numa finalização de um projeto, e por um tempo provavelmente longo, o seu filho estava vendo televisão, e pelo que parece aproveitou o máximo durante o tempo que estava vendo TV.

Foi aí que seu filho decidiu desligar a televisão pois já devia estar cansado de ver a programação que passava na tela (imagino que fossem desenhos).

No auge de seus 3 anos de idade decidiu que queria estar com seu pai (o Tropical), e por isso de maneira obstinada foi ao cômodo que seu pai estava provavelmente esperando que sua expectativa de ficar com o pai fosse suprida.

Então o filho do Tropical começou com todo o seu carinho e "persuasão" de 3 anos, a chamar e buscar a atenção do pai que estava quase 'terminando' um projeto.

Eu conheço esse pequeno de 3 anos, sei o quanto ele é ativo e produz para o seu mundo de forma objetiva mesmo tendo pouca idade.

E naquela luta de chamar a atenção do pai, o Tropical disse por várias vezes que já estava acabando o trabalho e que depois com certeza iria brincar e ficar com ele; mas ele não desistia, insistia que queria ficar com o pai e de forma incisiva deixava isso bem claro para o Tropical, e depois de tanto tentar sua atenção o Tropical chamou sua esposa em um tom um pouquinho mais alto (já que ela estava no telefone), logo seu filho percebeu o seu tom de voz, e de uma forma única, que prefiro ocultar os detalhes, em fim com seu gesto em relação à exaltação do pai que trabalhava, ele enfim conseguiu chamar sua atenção de forma única.

E nesse momento vou tentar reproduzir as palavras daquele gigante de 3 anos de idade quando reagia a voz alta do pai: "papai, eu quero ficar com você porque te amo muitão papai, não precisa ficar bravo eu só quero brincar com você".

Naquele momento a única reação que o Tropical poderia ter, e provavelmente todos nós teríamos também, foi que seus olhos se encheram de lágrimas, e ele acabar interrompendo tudo o que estava fazendo para então ficar com seu filho; sei que nessa hora dilemas, serviços, projetos, lutas, seriam dissipados e não teriam sentido nenhum diante daquelas palavras carregadas de significado para ele, e que se fossemos traduzir soaria mais ou menos assim: “papai da atenção pra mim porque preciso de você".

Voltando a ministração de sexta à noite, ficou claro que naquele momento os olhos do Tropical se abriram e ele entendeu duas situações diferentes mas ambas reais que passamos e devemos atentar no nosso dia-a-dia.

A primeira é que no começo do relato é que o Tropical trabalhava e seu filho via TV, e nesse momento ele se deu conta de que apesar de não estar fisicamente com seu filho no mesmo cômodo, seu filho sabia que o pai estava lá na mesma casa, e que a existência do pai era real independentemente ele estar vendo TV e seu pai estar trampando em outro cômodo, como se conscientemente ele estivesse ciente de que qualquer coisa o pai estaria a poucos segundos de socorrê-lo.

Foi aí que se cansou de ver TV e se cansou de praticar somente a existência do pai, e decidiu praticar a presença do pai, foi quando começou a tentar chamar sua atenção, pois a presença do pai era agora seu objetivo.

E aqui inicio a parte final do artigo.

Muitos de nós muitas vezes abusamos de praticar a existência do Pai, e no nosso dia-a-dia de forma real ou lá no fundo acabamos reconhecendo que Ele é onisciente, onipresente e onipotente, e por sabermos que qualquer coisa Ele vem nos socorrer, temos a tendência a relaxar e passamos a viver nossas vidas só com base na Existência do Pai (ou de Deus, Senhor, etc....).

Talvez nosso maior desafio seja nos posicionar como o filho do Tropical, e irmos além da consciência da existência do Pai, pois a presença do Pai é real além de ter uma louca (no bom sentido) importância em nossa existência, pois acredito que não podemos ter intimidade só praticando a consciência da existência do Pai (estagnação) e sim com SUA PRESENÇA (posicionamento). Se entendermos e vivermos de forma posicionada buscando a presença do Pai isso certamente se refletirá na dinâmica com que encaramos e praticamos a SUA EXISTÊNCIA.

Agora te proponho uma provocação e uma confrontação, será que no auge de nossa idade e maturidade espiritual conseguimos aproveitar a presença do Pai melhor que o filho do Tropical busca e aproveita a presença de seu pai natural?

Eu vou além, será que somos capazes de sermos sinceros e expressarmos diante do Pai frases tão verdadeiras, intimas, carregadas de um amor, tão reais e espontâneas como o Tropical ouviu de seu filho?

Mediante a esse questionamento termino meu artigo perguntando uma última coisa: devemos praticar a existência do Pai somente, devemos praticar a presença do Pai somente ou ambas?

Eu já decidi pela presença d´Ele, que se reflete em como encararei sua existência. E você?

Estou como seu irmão à disposição para refletirmos, discutirmos e extendermos esse assunto se alguém julgar necessário.


Um grande abraço, Ale.


“E esta é a vida eterna: que conheçam a ti o único e verdadeiro Deus; e a Jesus Cristo a quem enviaste". (João 17:3)

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